quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Troco meu sorriso e me lanço novamente!


Tenho sempre a impressão de que as pessoas são frouxas.
Medrosas em seus desejos e muito pouco preparadas para a ousadia de viver tanto tempo. São medos disfarçados em agressões, imóveis, corpos perfeitos, cirurgias plásticas, carros, roupas, alteregos e mentiras. Existe um medo intenso de viver verdadeiramente, de sorrir, de celebrar a felicidade, de arriscar tudo e de aguçar a inveja vizinha.

Sempre opto por fugir deste papel.

Desejo mudar, tentar, errar, arriscar, falar da minha verdade, gastar tudo, ler um livro até a metade, empreender, exercer dez funções ao mesmo tempo, faltar tempo, ser honesto na medida do possível e harmônico enquanto houver força. Chega de pequenos medos e de inseguranças alicerçadas em reconhecimentos inexistentes, tentar agradar o mundo em contrapartida aos seus reais desejos jamais trará a admiração de outrem.
Prazer de verdade é rir sem programação e viajar sem ter destino. Sabe aquele dia em que tudo poderia dar errado porque você saiu sem lenço e sem documento, mas tudo foi “melhor do que planejado”? Pois bem, a ordem do mundo está no ciclo da chuva que retroalimenta nossos mananciais, na circulação do dinheiro e não na retenção e acúmulo e na produção continua de novos saberes. Medo e estagnação só limitam nossa existência a longevidade e ao acúmulo de sensações e sonhos não experimentados.

“Eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal.”
John Lennon

Tchau Tchau

Obs – Pri Mércia, esse texto tem a sua energia. Dedico-o a você!