terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Etiqueta Corporativa: qual o seu valor?


Acredito que aos Relações Públicas o tema Etiqueta Corporativa não seja mais nenhuma novidade, afinal, além de exercer função estratégica a nós cabe também o reporte e relacionamento direto com a presidência e a alta diretoria da organização/empresa/instituição em que atuamos.

Acontece que mesmo parecendo óbvio para tantos profissionais a aplicabilidade da etiqueta corporativa não é tão usual, esse desuso se apresenta na forma de falar, vestir, andar, comer, organizar o ambiente de trabalho e se relacionar com os pares.

Etiqueta corporativa – ou empresarial – “são normas que têm como objetivo formar e/ou capacitar um funcionário para atender clientes, principalmente, da melhor forma possível, incluindo também a apresentação física, contato com colegas e chefes, contatos ao telefone - sempre com base nas regras da boa educação e da melhor convivência”, é o que afirma Gianine Luiza Consultora de Etiqueta (Catho, 2007).

Aderir a regras e posturas empresariais tem como finalidade harmonizar as relações no ambiente de trabalho e construir uma identidade corporativa entre os funcionários. É importante ter certo discernimento para identificar onde está o limite da vida pessoal e do ambiente empresarial. Regras básicas como não falar alto, não xingar, evitar decotes e roupas curtas, estar sempre limpo(a), dirimir fofocas, ter equilíbrio harmônico e não misturar vida pessoal com profissional, são orientações mínimas que em essência deveriam ser aprendidas em casa.

As empresas/organizações valorizam muito o profissional com postura adequada a sua função e/ou capacidade, inclusive lhe conferindo mais ou menos espaço e oportunidades na possibilidade de uma ascensão ou remanejamento de cargos.

Sugiro aos profissionais e aspirantes a cargos mais atenção ao conteúdo que expressam e a forma como se apresentam. Investir em cursos, roupas e terapias não são mais uma postura fútil de quem só pensa em consumo e em conto de fadas. Profissionais que desejam ser presidentes mas pensam e se apresentam como secretários fatidicamente chegarão ao local em que melhor se encaixa.


"Aprender é mudar posturas" Platão


Tchau TChau

domingo, 20 de fevereiro de 2011

baixa cultura


Acredito que as pessoas (generalizo propositadamente) ainda não entenderam a importância de um bom atendimento. O erro está em quem contrata, em quem presta o serviço e na sociedade passiva com os seus direitos.

Por mais comum que seja o péssimo atendimento dos prestadores de serviço, ainda me incomodo com as atitudes grotescas de nossa sociedade econômicamente ativa. Não entendo realmente qual é o motivo de tanta displicência: talvez seja resquício de um ego maculado pela colonização, ou talvez o perfil “espontâneo” de nosso "povo brasileiro" gere esta autenticidade de ser a quem atende. Porém aceitar que enquanto consumidor sou forçado a negligenciar meus direitos em busca de uma postura harmônica... não dá!

Nossa sociedade (que em todas as camadas presta serviço e/ou atendimento) enxerga em tal função uma atitude subalternizada, como se naquele instante o ato de servir e não de consumir o colocasse em uma posição menos importante. Acontece que a economia só funciona com o girar do consumo, portanto em alguns instantes sou consumidor e em outros sou consumido (soou estranho?).

Quantos de nós ainda não nos surpreendemos com um bom atendimento? Quantos de nós não ficamos admirados quando somos bem tratados em lojas, restaurantes, táxis, guichês, centrais telefônicas e secretárias diversas? Quantos de nós já não consumimos um produto devido à surpresa de ter sido bem tratado?

O que deveria ser fator comum em nossas empresas e por conseqüência nas nossas relações sociais (e de consumo) nos surpreende de tal forma que aceitamos o ridículo por desconhecer a existência do belo.


“Tenho muito o que fazer. Preparo o meu próximo erro” Bertolt Brecht


Tchau Tchau

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pensei na vida


fu.gaz:
comum aos dois gêneros.
Plural: fugazes

- que foge com rapidez.
- rápido, veloz.
- fugitivo; fugidio; fugido.
- que passa rapidamente,
- transitório.
- efêmero.

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos" Charles Chaplin

Tchau Tchau

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nova empresa, novos hábitos


Nem todos os profissionais de mercado estão preparados para migrar de área se adaptando a uma nova realidade. Sair de um segmento x para atuar em um segmento y exige esforço, adaptabilidade, dedicação, humildade e estudo.

Diversos profissionais - por uma nova oportunidade de emprego e/ou negócio, ascensão profissional, ascensão social ou desafios de carreira - se lançam em áreas desconhecidas sem o devido preparo para a nova função. Claro que em todo novo emprego e/ou atividade o período de adaptação deve ser respeitado para que o trabalhador reconheça a realidade do local e interaja de acordo com sua função.

Acredito que um problema está no profissional que migra de atividade (ou segmento empresarial) mas “carrega” consigo os hábitos e perfil do trabalho anterior. Ele parece não se adequar à cultura da nova empresa e mantêm no seu discurso e postura características entranhadas enquanto exercia a função anterior. Existem situações em que esses hábitos podem ser encaixados e passarem despercebidos, mas em diversos momentos eles gritam e destoam da nova realidade.

Uma boa alternativa para quem vai mudar de área (ou até de emprego) é ser humilde, conhecer a cultura organizacional, estudar sua personalidade e interagir com seus públicos. A imagem de um profissional que conhece “sua empresa” transmite respeitabilidade, confiabilidade e credibilidade para toda equipe, além de garantir que sua atuação não esteja marcada por intransigências, “tiros no pé” e antipatias.


"Carreiras de sucesso não são planejadas, mas são carreiras de pessoas que aproveitam as oportunidades porque conhecem suas forças e os seus valores e estão preparadas". Peter Drucker


Tchau Tchau

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Brasil nasceu aqui


Que me perdoem os xenófobos e inoportunos, mas nascer na Bahia tem um “q” de magia.

Terra de todos os santos, sabores, cores, amores, credos, povos e experiências, na Bahia o sincretismo é validado pelo Papa e comemorado em cada festa “santa”.

Manifestações de intolerância, racismo, descaso e desconhecimento são tão comuns para a Bahia quanto a admiração de ver o pôr-do-sol no Humaitá ou o prazer de tomar um banho de mar a noite no Porto da Barra. Parece que quem fala mal da Bahia ainda não conhece a alegria de viver.

Em cada canto do interior, do povo de pé no chão, do som festeiro, das mínimas comemorações, Caetano, Bethânia, Gil, rendeira, bordadeira, marisqueiras, samba no pé, Morro de São Paulo, moqueca e acarajé. A alegria do baiano está além do carnaval, cada dia é celebrado do nascer ao pôr-do sol por mais que tudo pareça ruim. O povo constrói sua casa em grupo mas tira do piso para pagar o feijão e tira da comunidade novos amigos e novas famílias.

Existe erro nesta cultura? Quem souber, morre!.

Mas entre tudo, meu post é para celebrar uma das festas populares de maior encanto e alegria para os baianos: a Festa de Yemanjá.

Yemanjá: Ye + omo + eja = mãe dos filhos peixes, ou, Yèyé omo ejá = mãe cujos filhos são peixes. É a deusa do mar cuja vaidade é tipicamente feminina. Mãe, esposa e romântica, Yemanjá é celebrada em Salvador a cada dia 2 de fevereiro, sempre com muitas rosas, perfumes e presentes ao mar.

A festa que reúne o sagrado e o profano nasceu em 1928, época em que o Rio Vermelho nascia para Salvador e os pescadores festejavam suas crenças. A festa era dividida em duas partes: primeiro a missa na Igreja de Santana onde católicos e pescadores rezavam em louvor a santa, depois os devotos da Rainha se lançavam ao mar para agradecer a fartura, presentear a mãe d’água e garantir peixe por todo o ano.

Depois de tanto tempo a festa já não é como antes, porém rigorosamente baianos e pescadores festejam e entregam ao mar presentes e desejos para que o ano comece bem e Yemanjá abençoe seus caminhos.

Odoyá!


“Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu” Fernando Pessoa


Tchau Tchau