quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Réveiller Communicateurs


Originário do termo francês “réveiller”, o réveillon significa “despertar”, passar do sono para a vigília, provocar, excitar.

De acordo com a definição do Wikipédia “A comemoração ocidental tem origem em um decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1º de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o Deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada para frente e outra para trás”.

Para diversas culturas a passagem do ano significa o momento de avaliar o que foi feito e programar mudanças para o ano seguinte, e então promessas são feita, planos são arquitetados e sonhos tornam-se realidade.

É uma excelente situação para a confraternização entre os grupos (amantes, amigos, colegas, família etc.) e para a celebração entre povos.

(Uma trégua pode [ou ao menos deveria] ser dada aos rancores, desafetos, violências, intolerância...)

Acredito que rever valores/ações deve ser um exercício habitual aos “homens de boa vontade”, mas perceber que ao menos uma vez no ano é possível para todos celebrarem a vida e compartilharem energias e desejos positivos para um novo ciclo já me faz querer bem a esta data.

Desejo a todos vocês muita comunicação em 2011, pois “minha comunicação” não se completa sem o despertar de cada um.

“A vida é o princípio da morte. A vida só existe em função da morte. A morte é acabar e começar ao mesmo tempo, separação e união mais estreita consigo mesmo”. Friedrich Novalis

Tchau Tchau

sábado, 25 de dezembro de 2010

Eu te desejo risos


Meus amigos sabem o que significa caminhar sempre em frente... Eles possuem um certo brilho no olhar, uma esperança crescente em dias melhores e a serenidade elegante de quem sabe até onde quer ir.

Não é porque são meus amigos que possuem tantas virtudes.
Os diferenciais estão sempre presentes, e em diversos momentos até pesam, mas construímos juntos a sintonia de entender o olhar, perceber a voz e acalmar o ego.

Como somos diferentes nos completamos e seguimos de mãos dadas, às vezes lado a lado, às vezes um na frente do outro, olhando o caminho e auxiliando na falta de luz.

Cremos juntos que o amor que nos une ultrapassa o tempo, distância e vampiros.
Acreditamos no brilho do olhar de uma criança, na harmonia do trabalho de uma formiga, na beleza de um céu limpo e no êxtase de um trânsito caótico.
Sabemos que ontem foi necessário, hoje é uma grande oportunidade e amanhã sentaremos juntos para rir do passado.

Eu amo meus amigos e por isso escrevo para eles.

Te desejo tudo o que precisa e merece em 2011.

Obrigado por acreditar em nós!

“A gente não faz amigos, reconhece-os” Vinícius de Moraes

Tchau Tchau

domingo, 19 de dezembro de 2010

Tudo o que é eterno evapora


As marcas são eternas?

Deixar sua marca, construir uma marca, ter uma marca, acabar com uma marca, tudo parece muito claro, mas o processo – se pensado por outro viés – não é tão simples assim.

Imaginemos marcas físicas, desde uma cicatriz (involuntária) a uma transformação corporal desejada pelo individuo. Marcas eternas, com menor ou maior grau de visibilidade, mas que se tornam inesquecíveis pelo fato de em algum momento ter existido e maculado fisicamente o autor da situação.

Saímos agora da materialidade e pensemos em criações, construções e marcas imaginárias. Elas existem? São eternas? Sim – sem nem falar em materialização astral, análises religiosas etc. - o fato de em algum instante, algo, alguém ou alguma situação ter se tornado verdade para um ou mais indivíduos já o torna real para quem o constrói e por isso mesmo vira eterno.

Essa discussão me faz pensar na mentira. Mentiras contadas diversas vezes viram verdade? A ciência diz que sim, eu tenho lá meus questionamentos, mas como quem questiona demais fica sem respostas vou aceitar o que pesquisas apontam.

De volta as marcas – de volta ao meu devaneio – administrativamente todas as marcas empresariais possuem ciclos de vida. O marketing afirma que em algum momento a marca dominante “dará” espaço a marcas novas, são as rotações do mercado, a adaptação as mudanças e as curvaturas gráficas das empresas.

Penso que os estudos de marcas empresariais possam ser feitas, também, com o auxílio multi-sistêmico de um profissional atento aos ensinamentos de diferentes vertentes com o cruzamento analítico das verdades existentes e verdades descobertas.

“Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata...” Carlos Drummond de Andrade

Tchau Tchau

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Disciplina, prazer, ordem, dor e progresso


Pretérito Perfeito

Eu concluí
Tu concluíste
Ele/Ela concluiu
Nós concluímos
Vós concluístes
Eles/Elas concluíram


Pretérito Mais-que-Perfeito

Eu concluíra
Tu concluíras
Ele/Ela concluíra
Nós concluíramos
Vós concluíreis
Eles/Elas concluíram


"Reunir-se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e trabalhar juntos é um sucesso" Henry Ford

Tchau Tchau

sábado, 20 de novembro de 2010

Estágio: tão essencial quanto a academia


Nunca entendi o real motivo (alheio) de ver no estagiário uma força de trabalho barata, pouco produtiva e sem competência técnica. Fui estagiário durante toda a fase do meu curso de graduação e jamais me senti menos competente a executar atividades especificas do que meus superiores e demais contratados.

Claro que para a realização de inúmeras atividades o estagiário necessita de orientação inicial, um direcionamento a atividade, uma supervisão, assim como qualquer outro integrante da equipe precisa de um gestor, mas culpá-lo pelos erros grosseiros e definir que “cagadas” na empresa são ações de estagiário é no mínimo um preconceito ridículo de quem também está na ponta da corda.

Tive o prazer de enquanto estagiário conhecer muita gente bacana, pude aprender muito com muita gente competente e ainda tive toda a liberdade para propor, responder, criar, assumir e questionar as ações do meu setor e os direcionamentos da empresa.

Para tanto, as situações não foram as mais simples e a minha postura não foi a de quem espera acontecer.

Sugiro a todos que são, serão ou estão estagiários um pouco mais de ousadia e desenvoltura, comunicação e interatividade, essas habilidades quando identificadas pelo gestor facilitam as suas chances de contratação e aumentam as possibilidades de você ter a admiração de sua equipe.

Fui estagiário e sei o quanto esta fase é essencial ao novo profissional, se sei produzir algo hoje é porque tive essa possibilidade e jamais pensarei em outro que não se dedique, no mínimo, como eu me dediquei.


“Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: aprender” Provérbio popular

Tchau Tchau

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Você mensura seus resultados?


Minhas atividades empresariais estão presentes entre um relatório e outro. São descrições de ações e detalhamento suficientemente pensado para que o leitor não tenha dúvida de nenhuma etapa de todo o processo. Isso é ordem? Não, isso é apresentação de resultados.

A produção de um relatório possui complexidade proporcional as ações executadas em sua descrição. Atividades complexas e com alto grau de detalhamento exigem relatórios mais extensos e muito mais detalhados, ações simples e de fácil entendimento permitem a elaboração de relatórios menos descritivos.

O Aurélio define relatório como o “ato de relatar. Exposição de fatos observados por determinação de autoridade etc. Parecer.”, que em ”miúdos” trata-se da ação descritiva dos fatos tendo como finalidade a produção de um parecer analítico.

São três as definições básicas do relatório:
• Crítico - descreve e opina como uma atividade foi desenvolvida, gerando um parecer final.
• Síntese – refere-se a relatórios anteriores.
• Formação – descrição de atividades durante um curso/estágio.

Mas para que serve a produção de relatórios pelos profissionais de Relações Públicas? Simples, enquanto as ações de comunicação não estiverem expressas em números, gráficos e descrições, ao menor sinal de corte orçamentário nosso trabalho vai “pro cano”. Pensemos: por que eu devo investir uma porcentagem do meu faturamento em uma atividade que não justifica seus atos?

Sugiro aos RPs que estudem a mensuração dos resultados de suas ações e estejam sempre dispostos a identificar, analisar e avaliar todo o processo de trabalho. Ganha o profissional com expertise e aprimoramento e ganha a empresa com o profissional capacitado e com seus fluxos sempre em ordem.

"Medir-vos pelas vossas pequenezas é avaliar o poder do oceano pela inconsistência de sua espuma." Gibran

Tchau Tchau

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Beleza de prateleira deve ser venerada?


Não nasci para fazer culto ao corpo.

Canso de tanta cobrança, padrões estéticos irreais (?), músculos definidos e um tanquinho perfeito para andar sem camisa. Confesso: minha pouca, ou quase nenhuma paciência para academia e levantamento de pesos se esgota quando vejo o “público” mergulhado no narcisismo.

Pergunto-me se o padrão estético e imposto socialmente surge nas passarelas, na mídia ou espontaneamente na sociedade? De acordo com uma pesquisa britânica publicada no British Journal of Health Psychology os(as) adolescentes são influenciados pela mídia mas sofrem pressão direta dos colegas, o que afeta suas relações, sua aceitação corporal e seus hábitos alimentares. Para Emma Halliwell – pesquisadora do Centre for Appearance Research da University of the West of England - "para meninas, o importante é ser magra, para meninos o importante é ser musculoso".

O Aurélio define estética como a “ciência que trata do belo em geral e do sentimento que ele faz nascer em nós” poderíamos pensar então na preocupação estética das artes, dos textos, dos pensamentos, das formas, da natureza, mas não... o pensamento cultuado e valorizado a todo instante é a “estética” do corpo gostoso(a).

Experimentemos ser menos Eros e mais Ágape, Lúdico, Pragma... Desejemos – e então conseguiremos - extrapolar a carcaça visual e experimentar o segredo de amar e valorizar as pessoas como são, tentemos ser melhores para nós e melhores para o mundo, afinal existem diversas definições e tipos de amores que, sob minha análise, fazem o culto e o amor ao corpo se tornarem apenas uma faísca de charme no meio de todas as relações.

“Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade” Honoré de Balzac

Tchau Tchau

domingo, 24 de outubro de 2010

Paixão... Eita paixão!


Palpitações, suor, excitação, brilho no olhar, alegria de estar pronto a cada dia, pensamento desregulado e em um só foco, desejo constante de estar junto, carinho, poemas, lembranças, desejos, descontrole e visível mudança no viver.

Esses são alguns, dos principais, sintomas da paixão.

Um sentimento de dor prazerosa, a vontade de ter/sentir a atenção do outro em cada gesto e cada palavra, a patologia do raciocínio disperso e amante, a lealdade quase impossível de ser corrompida, a quebra de todas as barreiras, a sensibilidade necessária para o cuidado do seu bem, o prazer sentido no prazer do outro, o sonho de que tudo será eterno, a idéia de que nada é mais importante do que os momentos a dois.

Eita paixão!

Para o Terapeuta Familiar Robert Neuburger paixão é ”o abandono da vigilância... A paixão se organiza dentro da ansiedade e da urgência. O sentimento primordial é a necessidade absoluta do outro”.
A filosofia romântica do Filósofo Schelling exaltou a paixão como “um desejo de fusão e realização da personalidade em outra coisa além de si”.
Para Espinosa (Filósofo neerlandês) a “paixão alegre é aquela que é capaz de aumentar a potência de agir do nosso corpo e de pensar da nossa alma. Dela decorre o amor, a esperança, a glória, a misericórdia, o contentamento e a segurança”.

Fico triste por aqueles que nunca experimentaram a paixão, triste pelos que têm medo de se apaixonar, triste pelos que não se doam a dor e ao prazer e que por isso não conseguem explodir e renascer.

Parece piegas ou discurso pouco construtivo, muitos desconsideram ou não gostam de analisar, tantos desejam fingir que assim não se sentem, mas entre a razão e a emoção não há quem possa negar o desejo de ser e sentir-se apaixonado/apaixonante.

“Uma paixão tão completamente centrada em si recusa o resto do mundo tal como a água límpida e calma filtra todas as matérias estranhas” Virginia Woolf

Tchau Tchau

sábado, 23 de outubro de 2010

Nossa Oportunidade é Auto-ajuda


Alguém – sem ter outra coisa para falar - inventou que as oportunidades são iguais para todos. Além de um discurso demagogo, hipócrita e burguês, de fato essa teoria nada acrescenta ao desenvolvimento do individuo.

Pensemos: todos os homens têm oportunidades iguais?

Não! Isso deve ser idéia de algum “mestre” em auto-ajuda.

Imaginar que a realidade das classes não interfere no sucesso profissional do indivíduo porque “com determinação qualquer pessoa pode ter tudo”, é fingir que pato é cisne e que galinha voa.

Pensemos em oportunidades “imperdíveis” que normalmente são perdidas pelo simples fato de nem termos tido oportunidades anteriores. Isso significa conformidade com a situação? Falta de desejo? Desvalor? Creio que não, isso significa diferenciação.

Não tomemos como exemplo “gatos pingados” que se transformam em notícia porque alcançaram a tão almejada ascensão social, pensemos nos milhões de brasileiros que nasceram pobres, vão viver proletários e morrerão aposentados.

“A capacidade pouco vale sem oportunidade” Napoleão Bonaparte

Tchau Tchau

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sobre João Manuel e minha opinião


Amigos Relações Públicas,

Sinto que meu pensamento será divergente em relação ao apresentado pela maioria de vocês, mas afirmo que respeito às diversas opiniões. Discutir idéias também é nossa função.

Inicialmente concordo com Turla Cardoso sobre a necessidade de todos terem atenção nas discussões e respostas, erros de ortografia são constantes nos textos, em um momento de “valorização” da profissão eles se tornam ainda mais inaceitáveis.

Outro ponto que sugiro a atenção é quanto às outras profissões citadas. É necessário ter cuidado na busca valorativa das Relações Públicas sobre a desvalorização das outras áreas, se “estamos” indignados com o pronunciamento do professor João Manuel pensemos que os cursos de Hotelaria e Turismo também estão. Afinal, cada um “vende seu peixe”.

Amigos e colegas foram tristes as afirmações, mas a visão do professor não é distinta da visão social. Ao invés de nos mantermos sempre repressores de iniciativas negativas e constantemente indignados com pronunciamentos e passagens como essa deveríamos apresentar a sociedade a atuação e o trabalho executado pelos RPs e por todos nós.

Sinto que durante muitos momentos como esses alunos e profissionais apresentam seus trabalhos ao coibir a apresentação da “realidade” (a que se configurou) declarada por outros profissionais.

Definir a profissão de Relações Públicas como função de segunda categoria por ser menos valorizada no mercado de trabalho não é nenhum absurdo, assim como não existe erro em afirmar que administração é atuação primária. Relações Públicas é função estratégica e fundamental para qualquer empresa/organização/pessoa, mas a sociedade ainda não sabe disso. Paremos para analisar e perceberemos que somos uma ponta do iceberg em relação a atuação dos diversos profissionais formados. “Arregaçar” as mangas e de fato promover ações de Relações Públicas para os Relações Públicas é trabalho que já deveria ter sido iniciado há muitos anos.

Espero que entendam minha opinião.

Abraços a todos.

"A honra é, objetivamente, a opinião dos outros acerca do nosso valor, e, subjetivamente, o nosso medo dessa opinião" Arthur Schopenhauer

Tchau Tchau

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

As Essências Universais


Questionamento de muitos e discussão para diversos pareceres, pergunto: o papel da Universidade é formar um cidadão/profissional acadêmico, crítico, pesquisador? Ou um profissional de mercado, corporativista, técnico exemplar?

A primeira Universidade que se tem notícia é a de Bolonha, na Itália do século XI, que permitia a ricos e nobres o acesso a conhecimentos específicos e ao estudo das “essências universais” (daí a origem do nome universidade) através de estudos em grandes salões sobre a mediação de professores intelectuais.
Já no século XII surge uma das mais importantes universidades do mundo, a Universidade de Paris, impulso que faltava para o surgimento de novas instituições em toda a Europa.

Estas duas universidades, mesmo que desvinculada da Igreja, necessitavam em sua época do aval concedido pelo Clero ao seu funcionamento, antes disso as instituições que possuíam características próximas as universidades eram os Mosteiros, que sob o ponto de vista da religião se dedicavam aos estudos da teologia, filosofia, literatura e eventos naturais, e os estudos de livres-pensadores como os alquimistas e os filósofos, que ministravam suas aulas em jardins ou liceus.

(Para saber, o surgimento das Universidades permitiu a disseminação de conhecimentos na Europa e desencadeou em sequência o Renascimento e mais tarde o Iluminismo).

No Brasil a primeira escola de ensino superior foi a Escola de Cirúrgia da Bahia, no ano de 1808, tendo na sequência as Universidades de Direito de São Paulo e Olinda e a Universidade do Rio de Janeiro, primeira a reunir vários cursos em áreas distintas.

Com este histórico de surgimento, os enormes desafios e a estrutura que se configurava na época, retorno ao questionamento sobre qual o papel da universidade na formação do individuo.

A cada novo ano percebo o aumento no direcionamento das instituições para que o aluno ingresse no mercado de trabalho, sem a preocupação em formar cidadãos questionadores e transformadores da realidade social. O papel das escolas de ensino superior é estimular no individuo a busca incessante por conhecimentos com criticidade suficiente para a ampliação da consciência e da ética.

A minha análise sob o papel da universidade é que sua atuação deve contemplar a formação técnica do aluno, garantir o conhecimento das ferramentas específicas a sua atuação profissional e permitir seu acesso competente ao mercado de trabalho, mas além de tudo o estudante deve ser preparado para ser curioso, questionador, inconstante e inconformado com respostas prontas e conceitos estabelecidos. O papel da universidade é garantir que seu graduado possa formar a massa intelectual do país e então mudar a realidade social a partir desta inserção de novos críticos em sociedade.

“Educar uma pessoa apenas no intelecto, mas não na moral, é criar uma ameaça à sociedade” Theodore Roosevelt

Tchau Tchau

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Um pouco do que sou


Alguém inventou que nada pode ser perfeito.

Arrisco afirmar que isso surgiu de alguém muito imperfeito e dominado por limitações, alguém que não conseguiu ter felicidade plena e nem realizar tudo o que queria, alguém que na verdade não conseguiu ser mais do que o esperado e nem fazer a diferença sendo simplesmente o mesmo.

Alguém normal.

Alguém como eu que escrevo e você que me lê.

O dicionário Aurélio define imperfeição como “s.f. Falta de perfeição. / Estado do que não é perfeito. / Vício, defeito: as imperfeições de uma obra”.

Ok. Imperfeito definido e tão humano quanto o respirar, mas e o perfeito? O que é perfeição?

O mesmo dicionário me explica que perfeição é a “s.f. Qualidade do que é perfeito em seu gênero. / S.f.pl. Qualidades da alma e do corpo. // Teologia Perfeições divinas, atributos de Deus em grau infinito”.

Entre as noites, as palavras e o Aurélio que não me abandonam (geralmente) percebo o viver perfeito e imperfeito em contributa harmonia.

Harmonia humana.

Um sonho para poucos.

Aceitar que os caminhos são diversos, as possibilidades são extensas, o passado já é uma marca, o futuro é a construção de nossas escolhas e o homem é imperfeito me mostra a circularidade dos sentidos.

Ter visão de futuro e respeitar os alcances dos “fracos” – ou “fortes” – é privilégio de quem quer ir mais além, quem quer um pouco mais, quem sabe um pouco mais e de quem já sabe aonde quer chegar.

Vulneráveis, limitados, egocêntricos, despreparados, ingênuos e fracos ao ponto de imaginarmos que podemos ser invencíveis e auto-suficientes nos geram perdas de oportunidades, momentos e eternidades.

Como humano e despreparado, fraco e confuso, curioso e ousado, decidido e honesto me apresento entre letras e imperfeições.

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” Cora Coralina

Tchau Tchau

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Atentos e desatentos, mais quatro anos!


“Todo mundo vai ao circo
Menos eu, menos eu
Como pagar ingresso
Se eu não tenho nada
Fico de fora escutando a gargalhada
A minha vida é um circo
Sou acrobata na raça
Só não posso é ser palhaço
Porque eu vivo sem graça”
Batatinha


No mínimo prepotência, é assim que categorizo a atitude do PT baiano durante as eleições 2010. Com toda certeza de vitória o Partido dos Trabalhadores realizou neste domingo – 03 de outubro – uma grande festa em comemoração a vitória que elegeu Lídice e Pinheiro para o Senado, Wagner para o Governo e deixou a Presidenta Dilma em segundo turno.

Mídias alternativas, palco com banda e fogos de artifício faziam parte da comemoração que começou a se organizar antes das apurações, óbvio se assim não fosse o tempo seria insuficiente, mas que já mudou a estrutura de um domingo no boêmio bairro do Rio Vermelho.

Satisfeito com a eleição de Lídice e Pinheiro acompanhei cada passo à apuração dos votos e presenciei a euforia que se instalava nos militantes do PT com a vitória nas urnas. Feliz com a decisão para o Senado e preocupado com o governo, desejo que o novo/velho governante do estado promova ações efetivas de segurança, inclusão social, diminuição da pobreza, estímulo a educação, aumento do turismo e garantia de atendimento médico.

Sugiro estarmos atentos ao cumprimento de suas propostas.

Aos que se interessam e desconhecem essas são as metas para os próximos quatro anos:

EDUCAÇÃO
• Elevar a escolaridade e qualificação da população intensificando a participação e o controle social na gestão da Educação Pública Estadual;
• Consolidar o Programa Todos pela Alfabetização – TOPA, para superar os indicadores de analfabetismo que ainda perduram no Estado;
• Expandir a Educação Profissionalizante, priorizando os estudantes egressos da escola pública e populações vulneráveis;
• Ampliar a oferta educacional em todos os níveis, da creche ao ensino superior;
• Fortalecer o ensino superior na Bahia com atração de novas universidades federais e valorização das universidades estaduais.

SAÚDE
• Fortalecer e consolidar o SUS e o Programa Saúde da Família;
• Ampliar a rede estadual de saúde, com a expansão de unidades, equipamentos e serviços de alta e média complexidade;
• Expandir os serviços do SAMU 192 para mais regiões da Bahia;
• Ampliar os leitos normais e de UTI em todo Estado;
• Garantir a produção de medicamentos básicos para a rede dos SUS, através da Bahiafarma.

SEGURANÇA E DIREITOS HUMANOS
• Garantir a segurança da população abordando a temática de forma transversal e com a participação da sociedade, para reduzir os índices de criminalidade e violência;
• Consolidar a política de segurança pública, aprofundando as ações articuladas de prevenção e repressão, dotando a polícia com tecnologia, equipamentos, viaturas e mais serviços de inteligência;
• Contratar mais policiais e garantir a valorização e qualificação dos agentes policiais para melhorar suas condições de trabalho e o desempenho de seu papel social;
• Instrumentalizar a ação policial para o enfrentamento ao crime organizado;
• Fortalecer o policiamento comunitário, através da expansão dos programas Ronda nos Bairros e, em parceria com o Governo Federal, do Pronasci;
• Manter ação permanente de combate às drogas, em especial o crack;
• Aumentar as vagas do sistema prisional, através de construção de novos presídios;
• Ampliar o acesso dos cidadãos baianos às políticas de prevenção, proteção, defesa dos direitos de cidadania e acesso à justiça.

DESENVOLVIMENTO SOCIAL
• Expandir os serviços de assistência social (proteção social básica e especial), para consolidar o SUAS na Bahia;
• Ampliar o atendimento do Bolsa Família como parte da estratégia nacional de redução da pobreza extrema;
• Articular com o Governo Federal e os municípios a expansão das políticas públicas de redução da pobreza e segurança alimentar.

HABITAÇÃO
• Ampliar o Programa Casa da Gente para reduzir o déficit habitacional da Bahia;
• Aprofundar a parceria com o Governo Federal, através do Programa Minha Casa, Minha Vida;
• Avançar na urbanização de assentamentos precários e regularização fundiária, para pessoas com renda de até três salários mínimos.

ÁGUA E SANEAMENTO
• Ampliar o Programa Água para Todos, para aumentar a cobertura de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Estado;
• Desenvolver práticas que reduzam os impactos ambientais de sistemas de esgotamento sanitário e de resíduos sólidos.

AGRICULTURA FAMILIAR
• Diminuir as desigualdades territoriais, promovendo políticas que aumentem a renda dos produtores da Agricultura família;
• Dinamizar as de crédito, comercialização, proteção da produção e assistência técnica;
• Viabilizar o acesso de tecnologia de produção aos agricultores familiares.

CULTURA
• Incentivar a cultura com uma perspectiva transversal, compreendendo os diferentes âmbitos da gestão pública;
• Reconhecimento do direito fundamental à cultura por parte de todas as camadas da população baiana, promovendo a descentralização municipal e territorial;
• Expansão do programa de revitalização dos patrimônios históricos da Bahia, com ênfase na revitalização do Centro Antigo de Salvador e das cidades históricas da Bahia.

ESPORTE E LAZER, COPA 2014 E OLIMPÍADAS
• Preparar o Estado para a Copa 2014 e às Olimpíadas 2016;
• Promover e criar áreas de lazer e esporte no Estado;
• Incentivar as práticas de esporte amador e profissional;
• Assegurar aos jovens de políticas acesso às atividades esportivas, como inclusão social.

GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA
• Ampliar o suporte aos micros empreendedores, cooperativas e empreendimentos solidários, facilitando o acesso ao microcrédito, assistência técnica;
• Intensificar o apoio à comercialização e gestão de negócios fortalecendo as cadeias produtivas;
• Reforçar a política de qualificação e intermediação de mão de obra;
• Garantir do direito ao trabalho decente no Estado da Bahia, independente de raça, gênero e geração.

JUVENTUDE
• Respeito às diversidades e especificidades da juventude baiana;
• Transversalidade e integração de programas e projetos que envolvem a temática juvenil.

PROMOÇÃO DA IGUALDADE
• Promover políticas afirmativas que se contraponham a todas formas de preconceito e que reconheçam e respeitem as diferenças e diversidades de condições e opções reinantes na sociedade;
• Combater a discriminação racial, a intolerância religiosa e as desigualdades sustentadas historicamente na exclusão racial e social;
• Aprofundar a autonomia econômica, política e social das mulheres, inclusive através do acesso ao mercado de trabalho qualificado;
• Garantir direitos e combater a violência e a discriminação homofóbicas;.
• Acessibilidade como eixo fundamental da equidade de direitos para as pessoas com deficiência;
• Fortalecer as políticas públicas condizentes com as necessidades específicas dos Povos Indígenas;
• Viabilizar formas de convívio, participação e ocupação do idoso, propiciando sua integração às demais gerações.

INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
• Intensificar as ações para consolidar e modernizar os equipamentos de infraestrutura e logística do Estado, como elemento de integração territorial e de desenvolvimento econômico, a exemplo do Porto Sul e da Ferrovia Oeste-Leste;
• Continuar a recuperação da malha rodoviária, e assegurar investimentos nos portos, nos aeroportos, na hidrovia do São Francisco, em parceria com o Governo Federal e o Setor Privado;
• Incentivar a criação de centrais de logística.

POLÍTICA INDUSTRIAL E COMERCIAL
• Aprofundar as políticas de atração de empreendimentos, promovendo o adensamento das cadeias produtivas existentes e estimulando a criação de novas;
• Ampliar o incentivo à mineração e à indústria naval;
• Fortalecer e expandir os distritos industriais;
• Fortalecer as pequenas e médias empresas, aumentando sua competitividade na indústria, no comércio e nos serviços, através do estímulo e apoio ao empreendedorismo.

TURISMO
• Consolidar e ampliar a imagem da Bahia como um Estado moderno, diversificado culturalmente, hospitaleiro e competitivo nacional e internacionalmente;
•Intensificar os investimentos em qualidade dos produtos e serviços turísticos oferecidos aos visitantes.

AGRICULTURA EMPRESARIAL
• Dar o suporte necessário ao desenvolvimento do agronegócio (grãos, frutas, celulose, pecuária, algodão, etc.), disponibilizando infraestrutura e logística de escoamento da produção;
• Consolidar a expansão de mercados, estimulando a produção saudável e de qualidade.

MEIO AMBIENTE

• Aprofundar e integrar as políticas de meio ambiente de forma a assegurar as condições para o desenvolvimento com sustentabilidade;
• Avançar na defesa da biodiversidade e dos recursos hídricos;
• Implantar o Zoneamento Econômico Ecológico, para dar segurança jurídica aos projetos e garantir o equilíbrio ambiental.

CT&I BASE PARA O DESENVOLVIMENTO
• Fortalecer o Sistema de CT&I para o desenvolvimento sustentável do Estado, com a consolidação do Parque Tecnológico e atração de empresas;
• Aperfeiçoar e ampliar os programas de inclusão sócio-digital e das APLs.

ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PÚBLICA
• Consolidar e aprofundar as ações de valorização e profissionalização dos servidores públicos;
• Garantir serviços de qualidade para a população, através de uma gestão moderna, eficaz e austera.

CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO CIDADÃ
• Expandir os mecanismos de participação e diálogo social, possibilitando que a sociedade contribua na formulação e acompanhamento das ações governamentais;
• Fortalecer o Programa de Transparência, assegurando que a população acompanhe os gastos públicos e ações de governo.

PLANEJAMENTO
• Fortalecer a cultura do planejamento estratégico de longo prazo na ação governamental;
• Consolidar os Territórios de Identidade como unidade de planejamento das políticas públicas.

INTEGRAÇÃO TERRITORIAL
• Modernizar os instrumentos institucionais e jurídicos, a fim de ajustar a máquina do Estado à política territorial;
• Incentivar ações intersetoriais e transversais nos Territórios de Identidade, inspiradas no modelo dos Territórios de Cidadania do Governo Federal;
• Aprofundar o atual processo de desenvolvimento integrado do semi-árido, com cidadania e inclusão social;
• Estimular os municípios para estabelecerem consórcios para a gestão compartilhada de temas comuns.

“Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam”. Antoine de Saint-Exupéry

Tchau Tchau

sábado, 2 de outubro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desabafo de uma perda


Perder a cabeça, perder a pose, perder o juízo, perder os sonhos, perder a paz, perder as estribeiras, perder a noção do tempo, perder a hora, perder a vez, perder de vista, perder o siso, perder o chão, perder-se...

Em todo instante perdemos algo. Desde a perda do dia a perda da vitalidade. Perdemos o que nunca tivemos e perdemos idéias que não nos cabia, perdemos sonhos e perdemos antigas idéias.

A vida é um grande jogo de perdas e ganhos.

O dicionário Aurélio define perder como “v.t. Ficar privado de, deixar de ter (algo que se possuía), deixar (alguma coisa) extraviar-se. / Ficar em situação desvantajosa, ter mau êxito. / Arruinar, desgraçar. / Deixar de presenciar”.

No momento em que deixamos o ventre materno perdemos o espaço de proteção e a ligação umbilical que possuíamos, afinal já nascemos começando a perder. Mas eis que então na nova sucessão de perdas nós também começamos a ganhar.

Ganhamos a vida, ganhamos amores, ganhamos disputas, ganhamos carinho, ganhamos segurança, ganhamos vitalidade, ganhamos momentos, ganhamos novos sonhos, novos desejos, novas aventuras. Ganhamos a oportunidade de tentar novamente e a possibilidade de errar mais uma vez.

A depender do ângulo observado – e eu não desejo a síndrome de Pollyanna – sabemos que o que está por vir pode ser ainda melhor do que o que nunca nos foi e que cada caminho possui um tempo e uma história.

“Perder-se também é caminho”. Clarice Lispector

Ops – Na última semana perdi uma gatinha que foi grande companheira. Malu, esse é para você!

Tchau Tchau

domingo, 26 de setembro de 2010

Preocupa-me o poder de Lula


Na falta do que pensar e sem ter outra situação melhor para estar, me encontro bem preocupado com o atual momento político-comportamental que o brasileiro está.

Após oito anos de governo PT, escândalos, ganhos, perdas, benefícios e uma reestruturação do Brasil – pré e pós Lula – o brasileiro age pacificamente como que se estivesse enfeitiçado e cego a todas as situações.

Sob nenhuma hipótese questiono o mérito do nosso atual Presidente. Equilíbrio econômico, pagamento da dívida externa, ascensão social das classes, diminuição da pobreza, incentivo ao turismo, relações cordiais com diversos países, diplomacia, maior índice de alfabetização, criação dos Institutos Federais de Ensino, promoção de políticas de igualdade, respeito ao funcionalismo público, acesso de milhões de jovens ao ensino superior, formação técnica entre tantos outros benefícios que são do conhecimento de quem me lê neste momento. Mas existe outro lado.

Em dois mandatos o governo Lula acumula uma série de escândalos suficientes para deixar qualquer pêlo do corpo em pé – por favor, poupem-me os que justificam as falhas afirmando que isso sempre houve. Podem parar a leitura, pois para mim atos inaceitáveis acontecem independentes dos méritos, ok?

Entre CPI dos Correios, mensalões, valeriodutos, Duda Mendonça, CPI dos Bingos, CPI da Amazônia, quebras de sigilo, escândalos parlamentares e uma série de “não sabia de nada” o nosso Presidente obteve aceitação popular suficiente para manter-se no poder e ouvir até de quem estava longe o sonoro "Esse é o cara! Eu adoro esse cara! (Barack Obama).

Acontece que, honestamente, o meu incomodo agora não se refere aos escândalos e nem ao fato de Lula manter-se no poder, mas a situação em que o eleitorado brasileiro passivamente está em não cobrar soluções e nem explicações a nada. Se Lula falou está falado, isso me causa medo.

Com o último escândalo envolvendo a Ministra da Casa Civil Erenice Guerra pude perceber que independente da situação que se instale na política o eleitorado está, e será sempre, a favor das opiniões e sugestões lulistas, não a toa candidatos dos mais diversos partidos utilizam descaradamente a imagem do “Homem” como forma de autopromoção, aproximação da população e ganho de votos.

Preocupa-me a falta de criticidade do eleitor e a permissividade adquirida por Lula, preocupo-me com está manutenção do poder que se instala e com o risco de vivermos um golpe disfarçado como democracia, preocupa-me o assistencialismo sem fim que mantém o controle social e subjuga cada cidadão a compra de mais um eleitor, preocupo-me com os brasileiros conscientes que aceitam toda situação com medo do que pode vir depois, preocupa-me perder um grande político como Lula pelo excesso de poder que lhe foi conferido.

Estou muito preocupado.

“Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te”. Friedrich Nietzsche

Tchau Tchau

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nesta democracia onde tudo é circo...


Confesso e afirmo categoricamente que a intenção deste blog não é falar somente sobre política ou sobre as eleições 2010, mas acontece que esse assunto produz tanta pauta à discussão que em cada nova barbaridade e inovação dos candidatos o meu desejo de compartilhar assume o domínio e não me deixa pensar em outra coisa.

Que os nossos candidatos em suas campanhas eleitoreiras adotaram muito bem a política do “pão e circo” não é nenhuma novidade, mas oferecer ao povo cerveja de graça – isso mesmo, cerveja! – como contrapartida a sua vitória nas urnas é algo que eu ainda não havia presenciado.

Recentemente tive o (des)prazer de ver e ouvir um trio elétrico do candidato a Deputado Federal Daniel Almeida, em Salvador, prometer a seus eleitores que caso seja eleito pagará cerveja para todo mundo em uma grande festa sob sua organização. O candidato "dotô", claro, deve ser muito inteligente e através de segmentação dos eleitores percebeu que só quem vota nele são os interesseiros, os bêbados e os alcoólatras, no mínimo.

Pois bem, com este tema o que dizer sobre tal situação?

De acordo com o dicionário Aurélio Democracia representa o “governo do povo. / Regime político que se funda na soberania popular, na liberdade eleitoral, na divisão de poderes e no controle da autoridade”, sendo que seu estado pleno no Brasil – pós Ditadura – data o ano de 1985 com a eleição do Presidente Tancredo Neves.

Entre 1985 e 2010 nós temos 25 anos de democracia brasileira e uma história pobre de incentivos a educação e a capacitação critica dos nossos eleitores – ponho-me incluso neste meio –, que impedem a análise real das situações propostas por candidatos, tendo como exemplo o nobre Deputado, e nos afunda em assistencialismos e regalias eleitoreiras para que o controle social da massa seja realizada por políticos despreparados, propostas infundadas e um show de mundos paralelos nos programas de TV.

Sob minha análise a imaturidade política da nossa população – incluo eleitores e políticos – permite que situações absurdas como essa citada e tantas outras sejam vistas e despercebidas como incabíveis em uma democracia com tantas pluralidades. Penso que é o momento da ênfase no ensino publico surgir e permitir que os avanços aconteçam de forma real e homogênea a sociedade civil, afinal o povo não quer só comida, quer também arte, cultura, lazer e educação.

Para finalizar meu desabafo deixo claro que não sou partidário e nem desejo somente criticar a postura dos nossos candidatos, acredito que exista algo de positivo para o povo em algum deles (?) mas que ainda falta muito para podermos acreditar em – como exemplo – um candidato do PCdoB – Partido Comunista do Brasil – que oferece cerveja como comemoração a sua eleição e está contra toda a estrutura ideológica (?) do partido.

“A democracia... é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais”. Platão

Tchau Tchau

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O valor do seu riso vale um horário político


Críticas variadas às comunicações realizadas durante a campanha política 2010 no Brasil pulsam enlouquecidas em cada poro do meu corpo.

Excesso de photoshops, mundos paralelos, demagogos sem fim, obras fantasmas e a mesmice de um horário eleitoral feito para poucos assistirem, muitos se iludirem e alguns rirem me faz sentir transportado ao país das maravilhas tendo os olhos inocentes da doce e boba Pollyanna.

O circo está armado e o show começa com as mesmas acrobacias: partidos pobres x partidos ricos, coligações fortes x coligações fracas, puxadores x representantes do povo, excelentes materiais de campanha x bizarrices sem precedentes, e no meio de tudo isso uma platéia que deseja no fundo da alma subir de classe social e garantir que o país avançará para algum lugar. Isso mesmo: para qualquer lugar, pois do jeito que está não pode ficar.

Ops. Me lembrei do “pior que tá, não fica!” mas isso é outro assunto.

Muitos eleitores não sabem, e provavelmente continuarão sem saber, mas a propaganda eleitoral gratuita não tem nada de gratuito. Quem acredita que exista a benesse dos veículos de comunicação em ceder seus espaços para os aspirantes políticos apresentarem seus shows de propostas estão muito enganados. Este ano o subsidio para as emissoras de TV e rádio atinge a singela cifra de R$ 851 milhões, e quem paga a conta – claro – é você querido eleitor!

A compensação às emissoras de televisão e rádio com a dedução nos impostos de renda existe desde 1970, mas a cada ano aumenta tanto que o assunto já virou conteúdo de discussão e por isso uma conta foi realizada pelo Tribuna do Piauí dividindo valor gasto x números de eleitores = que foi totalizado em R$ 6,20 para cada um dos 135,8 milhões de eleitores.

Sinto-me como um cachorro na frente de um frango assado a cada proposta que os políticos apresentam em seus VTs, mas da mesma forma sei que meu próximo disfarce será de Evan – Efeito Borboleta – querendo voltar no tempo e corrigir loucamente o erro irremediável das urnas.

Mundos de fantasia e realidades tão verdadeiras quanto uma cédula de R$ 3,00 em período de campanha são as artimanhas dos nossos representantes políticos que cativam os eleitores e produzem na nossa sociedade a manutenção de uma população ignorante e sedenta por uma chance de mudar de vida no show bussines.

Mas o show não pode parar!

“Uma vida não questionada não merece ser vivida”. Platão

Tchau Tchau

domingo, 29 de agosto de 2010

Liberdade se dá para quem sabe as ter


Esta semana ouvi um excelente desabafo do jornalista Ricardo Boechat na rádio Band News FM sobre a situação da imprensa e dos veículos de comunicação durante o período de eleições.

A crítica do Boechat se referia à impossibilidade dele, e de tantos outros jornalistas, expressarem em veículos de comunicação de massa suas críticas e pareceres aos nossos candidatos a representantes políticos. Segundo ele a liberdade de imprensa é invalidada a partir do momento em que o jornalista precisa emitir informações com o mesmo teor critico sobre todos os candidatos, sob pena de pagar multa, retratar-se publicamente e/ou sofrer processo judicial ao não cumprimento.

Boechat questiona o papel da imprensa neste processo e afirma que só resta aos jornais transmitir a agenda política dos candidatos e manter-se neutro a qualquer crítica ou processo de conscientização dos eleitores, afinal quem legisla sob estas limitações são os mesmos que se afetariam com as críticas e a liberdade.

Para mim, o desabafo foi extremamente interessante, pois além de ser o posicionamento de um dos mais influentes jornalistas do Brasil, trata-se do questionamento ao exercício democrático, a liberdade de imprensa e ao caráter tendencioso dos nossos veículos.

O Brasil desde 1808 possui liberdade de imprensa com ressalvas e brechas que limitam a ação das comunicações. Passou durante a Ditadura pelo extremo controle militar, e em 1988 devido a nova Constituição voltou a ter plena liberdade de expressão.

Nosso contato as propostas dos candidatos está restrita aos comícios – onde eles falam o que querem; aos horários políticos – onde eles também falam o que querem; e a internet – que exige a pro atividade do eleitor na pesquisa de análises e artigos críticos.

Esperar que todos os nosso eleitores busquem na internet informações sobre os candidatos e critiquem suas propostas é como pedir para chupar manga e não se lambuzar: tem que ter técnica e conhecimento das ferramentas.

Acredito que o Boechat tem razão em se chatear com as limitações, mas também acredito que nossa imprensa não tem maturidade para livrar-se dessas amarras, pensemos que com tantas regras as ações já são burladas diariamente quanto mais com a Globo podendo fazer o que quiser e para quem quiser. Todo veiculo tem seu preço e os políticos estão bem a vontade para pagar.

Desejo realmente que o Brasil um dia possua reconhecimento em alto nível educacional para que situações como essa não sejam tão complexas e tão difíceis de posicionar. A internet ainda não tem regras, mas logo esses limites virão e cada vez mais nós estaremos enjaulados no que “eles” querem nos mostrar. Tenho muito mais para falar, mas sei que, além disso, tudo pode ser usado contra mim no tribunal.

“Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar.” Che Guevara

Tchau Tchau

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Desregulamentar ou não? Eis a questão


Um dos assuntos mais discutidos pelos Relações Públicas e que já fez muita gente caminhar para sentidos diferentes é a desregulamentação da profissão.

São diversos debates, inúmeras justificativas e pontos de análise muito diferentes. O fato é que até então nenhuma opinião concreta me convenceu do sim e nem do não.

Para Alexandre Barros, cientista político, “em resumo, não ganhamos nada com profissões regulamentadas. Só ganham os profissionais que fazem parte delas”. A afirmação de Barros não tem nenhuma relação especifica com a profissão de Relações Públicas, mas sim com todas as profissões já regulamentadas e com o bem estar da sociedade. De acordo com o professor a regulamentação atrapalha a política nacional e se opõe ao desejo do cidadão/consumidor, como afirma a seguir: “todos devem poder contratar, para qualquer serviço, o profissional em quem confiam, independentemente de ter ou não um diploma e/ou um registro profissional”.

Teóricos das Relações Públicas como Cândido Teobaldo, um dos autores da proposta de regulamentação, afirma que todo o processo foi muito prematuro e que por isso o desenvolvimento da profissão não ocorreu como deveria ser. Outro questionamento é feito por Rolim Valença na sua afirmação de que “(...) houve um exagero de protecionismo e corporativismo que fecharam as fronteiras do ‘título’ de Relações Públicas a qualquer um que não fosse diplomado (...)”.

O fato é que a profissão se desenvolve gradativamente e possui o histórico de regulamentação em uma época pouco nobre, porém a ação de desregulamentar significa a “eliminação do controle governamental (isso inclui os Conselhos) de como os negócios são conduzidos, caminhando em direção a um mercado mais livre” por isso mesmo sem o controle necessário a garantir os direitos e competências profissionais de uma classe e permitindo que qualquer pessoa exerça a atividade sem controle e garantia de conhecimento e efetividade. Deixa-se o mercado realizar sua própria escolha e caminhar para qualquer direção sem a necessidade de uma formação apropriada.

Outro fato é que enquanto alguns profissionais desejam ver a profissão de Relações Públicas desregulamentada os Jornalistas lutam para que sua profissão seja regulamentada. No site do FENAJ atualmente 4481 profissionais de jornalismo assinaram uma manifestação a favor da regulamentação, em busca de mais garantias e direitos profissionais.

Acredito que o debate ainda será muito longo e tem que ser, já que tal atitude dependeria da decisão de toda a classe e do conhecimento sobre o tema, as justificativas precisam ser esgotadas e os argumentos analisados com extremo cuidado, afinal a desregulamentação é um “benefício ou malefício” somente da profissão de Relações Públicas entre as áreas de comunicação e que se for embora não voltará jamais.

"Seja a mudança que você quer ver no mundo." Dalai Lama

Tchau Tchau

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nesta campanha "bota a mão no joelho, dá uma abaixadinha..."


Ano de eleição, população cheia de dúvidas e incertezas, momento de atenção nos candidatos, análise de suas propostas, acompanhamento dos partidos em suas alianças e preparação redobrada para o grande show “democrático” que atrai até os olhares mais dispersos.

Para mim é uma ansiedade o momento em que o horário eleitoral começa e os queridos e nobres candidatos - cheios de criatividade - começam a apresentar seus VTs de campanha e seus jingles tão autênticos e originais.

Pois bem, é sobre os jingles mesmo que eu quero falar.

O termo jingle que significa tinir, retinir, ressoar, foi produzido pela primeira vez em 1926 nos EUA para o cereal matinal Wheaties, mas foi na década de 50 com o auge econômico que o jingle foi incorporado como ação indispensável para qualquer campanha publicitária, algo que perdura até hoje.

Definido pelo XXIV Congresso da Intercom como a “mensagem publicitária em forma de música, geralmente simples e cativante, fácil de cantarolar e recordar, criada e composta para a propaganda de uma determinada marca, produto, serviço” o jingle vai além da musicalidade publicitária a produtos e incorpora-se a campanhas de serviços, pessoas, acontecimentos e claro: candidatos políticos.

Para o dicionário Aurélio o termo Candidato refere-se a: “s.m. Pessoa que postula um emprego, uma função, um diploma, um cargo eletivo”, e Político tem como significado: “adj. Relativo ao governo de um Estado. // Direitos políticos, direitos em virtude dos quais um cidadão participa do governo. / Fig. Astuto, esperto, hábil: encontrou uma solução política. / &151; S.m. Aquele que se dedica à política”. Sendo assim Candidato Político significa “pessoa que postula um cargo político e se dedica à política” não esquecendo que deve ser astuto, esperto e hábil.

Este ano três jingles produzidos para atrair a atenção dos eleitores e despertar nos mesmos a credibilidade e a confiança para dedicação do seu voto me despertaram a atenção e a graça. Trata-se do jingle do candidato a Deputado Estadual Hilton (50.150), da candidata a Deputada Estadual Patrícia Nuno (popularmente conhecida como Delegata) e do também candidato a Deputado Estadual Uziel Bueno (o sistema é bruto).

O que mais me impressionou nestes candidatos foi a segmentação dos seus eleitores e a construção cômica e deplorável de seus jingles políticos.
Não tenho muito que falar do que toca para eles e do que tocaram eles, mas com certeza suas musiquetas já estão fazendo o maior sucesso na “boca do povo”.

Ouça-os aqui:

Hilton

PatriciaNuno

UzielBueno

“Todos gostamos de votar no melhor homem, mas ele nunca se candidata”. Kin Hubbard

Tchau Tchau

sábado, 31 de julho de 2010

Do Game Over ao New Game


Imaginei que dificilmente escreveria sobre vídeo games. Primeiro porque não tenho nenhum contato com os jogos, minha fase foi no máximo até os 15 anos, e depois imaginava que essa atividade fosse somente brincadeira de criança. Engano meu.

Recentemente no VI Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual assisti uma palestra sobre Tendências em Novas Mídias com Humberto Matsuda que me despertou para o crescimento do uso de vídeo games por homens e mulheres acima dos 30 anos.

De acordo com os dados apresentados nesta palestra 65% dos lares americanos possuem um vídeo game e de cada 5 jogadores 2 são mulheres, o que já nos faz perceber que o jogo não é somente brincadeira de “menino”, as mulheres também estão em busca de diversão e entretenimento tecnológico.

Os dados apresentados por Matsuda revelam que o tempo médio gasto semanalmente por jogador em frente aos gamers são de 18 horas e que 49% dos jogadores tem entre 19 e 49 anos e 25% tem até 18 anos. Esse dado pode ser analisado a partir do aumento de vendas que os vídeo games tiveram durante a recessão americana juntamente com o aumento de procura por fármacos e cinemas.

A indústria bilionária dos jogos também possui números impressionantes. Em 2004 a venda de jogos e vídeo games atingiu a expressiva cifra de 20 bilhões de dólares, já em 2009, três anos depois, esse número atingiu 50 bilhões de dólares, quase o dobro de movimentação financeira em tão pouco tempo.

Fica claro a partir destes números que jogar vídeo game não é brincadeira de criança, não é somente brincadeira de menino e pode ir muito mais além do que o próprio divertimento já conhecido. Já existem jogos direcionados ao desenvolvimento intelectual, estímulo a coordenação motora e a atividade física e com tecnologia suficiente para deixar qualquer marmanjo babando por estas máquinas.

Penso que agora vou dar mais atençao a estes "brinquedinhos"!

“A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana”. Charles Darwin

Tchau Tchau

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vende-se Viado Preto: R$ 1,99


“A carne mais barata do mercado é a carne negra”, essa é a afirmação ousada de Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette para apresentarem a situação da discriminação e racismo latente na nossa sociedade “igualitária”, “democrática” e “moderna”.

De acordo com o IBGE (pesquisa realizada entre 1996 e 2006) dos 14,4 milhões de analfabetos no Brasil cerca de 10 milhões são pretos e pardos, no que se refere ao mercado de trabalho a situação é também preocupante: brancos ganham em média 40% a mais do que pardos e negros com a mesma escolaridade o que os coloca com o domínio de 73% da população mais pobre do país.

Desabafo: É difícil conseguir aceitar que em uma sociedade com tantas diferenças e sendo todos passíveis de discriminação encontremos sujeitos com atitudes excludentes. Quero saber quem neste país se julga superior a qualquer etnia, gênero, cultura, nível social, opção sexual e que não está incluído na definição de “minorias” (majoritárias)?


Uma pesquisa realizada pela Fipe em 2009 revelou que 99,3% das pessoas envolvidas com educação nas escolas brasileiras possuem atitudes preconceituosas, sendo o preconceito mais comum e dominante - 96,5% - direcionado a pessoas com necessidades especiais.

Quando o assunto é discriminação sexual o “buraco é tão mais embaixo” quanto o racismo. O Ministério da Saúde realizou uma pesquisa no ano de 2008 em 10 cidades brasileira e concluiu que os homossexuais possuem 11 anos a mais de estudo do que os heterossexuais e utilizam preservativos com 50% maior frequência. Mesmo com essa confirmação os gays ainda são discriminados em casa, no trabalho e em comunidade mas se posicionam socialmente e inconscientemente seguem o que disse Mandela “a educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo”.

O Brasil é uma das maiores economias do mundo, ao longo de muitas décadas foi considerado o país da “democracia racial”, não possui religião oficial e carrega em suas veias uma triste história de intolerância e barbaridades.

Cabe a quem mudar os dados destas pesquisas? Quem pode se julgar além do bem e do mal e justificar atitudes excludentes? O que justifica tanta pressão da Igreja Católica em um país laico? “Brasil, mostra sua cara...!”

“A igualdade repugna de tal modo aos homens que o maior empenho de cada um é distinguir-se ou desigualar-se”. Marquês de Maricá

Tchau Tchau

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Respeitável Público!


Vai começar o Espetáculo! Hoje tem marmelada? Hoje tem goiabada? E o palhaço, o que é?
E o palhaço quem é?

Para o dicionário Aurélio Espetáculo é “Tudo aquilo que atrai o olhar, a atenção: o espetáculo da natureza. / Contemplação. / Representação teatral, cinematográfica etc. // Servir de espetáculo ou dar espetáculo, ficar exposto às críticas do público; ser objeto de escândalo, de zombaria.”

Atualmente estamos sendo bombardeados por mais um espetáculo promovido pela mídia: o caso Eliza Samudio envolvendo o ex-goleiro Bruno, do Flamengo, em que a barbárie e o sensacionalismo tomam conta do dia-a-dia de milhões de brasileiros.

Não afirmo que o fato seja irrelevante, mas retomando situações como a dos Nardoni, Eloá, Suzane von Richthofen e tantos outros que povoam a construção da cultura espetacular que movimenta a sociedade e rompe com padrões morais de condutas familiares e humanas, observo a necessidade latente da mídia – demandada pela sociedade – em um novo show de horrores para noticiar, e me recordo de uma frase do Eça de Queiroz onde afirma que "o melhor espetáculo para o homem será sempre o próprio homem".

O estudante de jornalismo Valério Bonfim questiona em seu artigo “A espetacularização da mídia” se nosso papel nestas situações é assumir a identidade de juízes, advogados, promotores, psicólogos, psiquiatras, criminalistas, especialistas entre outros, a fim de condenar ou absolver os réus destes crimes. Vale a análise de que fatos como esses não são isolados em sociedade e acontecem diariamente nas camadas mais populares, porém não representam venda e nem tão pouco maculam a estrutura de famílias perfeitas construídas por nossas telenovelas.

Cada vez mais sedentos por sangue e em busca de um rosto conhecido entre os presos, milhares de pessoas almoçam e descansam com os olhos fixos em programas como “Se liga Bocão” ou “Que venha o Povo” na busca de ações “táticas” da polícia em chacinas, humilhações, espancamentos e apreensões, realizadas pela S.W.A.T. Baiana – como afirma o querido Heider Mustafá.

Me sinto muito incomodado com a repercussão dada a fatos tristes como esse e que transpassam a capacidade crítica da população em questionar valores sociais, inclusive os construídos em suas casas, e se questionarem sobre o real papel da imprensa como ator social.

Enquanto a população discute Copas, Suzanas, Brunos, Eloás, Carnavais, Olimpíadas entre outros, novos rumos são dados ao Brasil e aos brasileiros, mas ninguém sabe direito o que quer fazer de sua vida quanto mais desta “Pátria Amada Brasil”.

"Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo.” (Cazuza)

Tchau Tchau

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Brava gente Brasileira


Estamos no início do exercício da democracia brasileira, as eleições 2010, isso significa alguns brasileiros preocupados com o futuro sócio-econômico do país, milhões em busca de ter o que comer diariamente e um punhado de indivíduos arquitetando a melhor forma de garantir que nunca lhe falte champagne a mesa – amém.

Como “no país dos desdentados quem come carne é rei” seria muita pretensão acreditar que o Brasil dos sem dentes é o país dos mais críticos, portanto não adianta questionar os motivos que levam um cidadão a trocar seu voto por cimento ou sua campanha por uns míseros trocados, pseudo-intelectuais adoram criticar a venda do voto mas “modificam” a sociedade com muita teoria e pouca prática.

O primeiro turno das eleições para Presidente, Governador, Senador e Deputados Federais, Estaduais e Distritais (somente para Brasília) será no dia 03 de outubro, caso haja necessidade de segundo turno esse evento acontece no dia 31 do mesmo mês.

Para este ano – 2010 – foram inscritos no TSE nove chapas para campanha a presidência, vou me abster a análise de quatro, incluindo o “fofo” Plínio Arruda, isso mesmo vou falar do velhinho.

Eis alguns dos nossos candidatos a representante dessa nação patriota em tempo de Copa e que já começaram suas campanhas pedindo colaboração ($) nas redes sociais – e aí vai contribuir?

• Dilma Rousseff
Filiada ao PT, nossa candidata parecida com Ana Maria Braga, é economista e foi Ministra da pasta de Minas e Energias e depois Ministra-Chefe da Casa Civil no governo Lula. Sua origem é de classe média alta o que lhe proporcionou estudar nas melhores escolas do Brasil, mesmo assim interessou-se pelos ideais socialistas ainda na juventude o que a fez ser militante contra o regime militar e presa durante três anos onde recebeu o apelido de “papisa da subversão”.
Em 2008 nossa candidata recebeu duas denúncias de corrupção, uma envolvendo um dossiê e outra referente à venda da Varig, mas por falta de provas nada foi comprovado. Em 2009 houve uma nova denúncia envolvendo elaboração de dossiê, mas mais uma vez nossa candidata saiu ilesa.

• José Serra
Filiado ao PSDB, o homem que não consegue ser simpático ao nordestino, é economista e já foi eleito em primeiro turno a Governador do estado de São Paulo, fato único até hoje. Serra já foi Prefeito, Deputado, Ministro da Saúde e por diversas vezes candidato a Presidente desta nossa nação.
Foi exilado depois do golpe militar de João Goulart o que lhe proporcionou – entre outras historias – a realização de mestrado e doutorado em Ciências Econômicas e retornar ao Brasil como professor da Unicamp.
Nosso candidato que está em guerrinha contra Dilma Rousseff possui uma história política forte, mas um total despreparo no corpo-a-corpo com o eleitor brasileiro, o que lhe confere uma aura de burguês, arrogante e tradicionalista.

• Marina Silva
Filiada ao PV, a candidata que está muito feliz com a beleza que Deus a deu, é ambientalista, pedagoga e já exerceu a função de Ministra do Meio Ambiente, Senadora e Vereadora. De origem humilde, nossa candidata nasceu em uma “colocação” (casas de seringueiros construídas sobre palafitas) e teve como primeiro oficio o emprego doméstico. Defensora dos ideais ambientalistas e muito preocupada com a situação da Amazônia foi companheira de luta de Chico Mendes, fundadora da CUT no Acre e eleita pelo jornal britânico “The Guardian” como uma das 50 pessoas que podem salvar o planeta.
Uma das maiores críticas ligadas a Marina Silva é sua religião: Assembléia de Deus. Devido a ela temas como aborto, homossexualidade e drogas viram assuntos tabu em que o peso dos dogmas religiosos vão além das necessidades sociais.

• Plínio Arruda
Filiado ao PSOL, o candidato velhinho e ousado de 79 anos, é advogado, promotor público, mestre em Desenvolvimento Econômico Internacional e já exerceu o cargo de Deputado Federal.
Defensor ativo da reforma agrária, nosso candidato também já foi exilado devido ao golpe militar, trabalhou na ONU, FAO e consta como um dos fundadores do PT.
Sua história de atuação está muito ligada a Igreja Católica, mas principalmente ao estudo e ação realizada em prol da reforma agrária, fato comprovado com o cargo de Presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária que exerce ainda hoje.
Plínio tem muito pouca chance de se tornar representante-mor do Brasil, mas vale citar que ele é um dos nossos Presidenciáveis.

A corrida já começou, lembre-se que para esse ano será necessário levar um documento com foto junto ao titulo de eleitor no dia da votação.

“Todos os dias olho pro espelho e digo: Eu piso na vaidade, eu cuspo no poder!” (Heloísa Helena).

Tchau Tchau

sábado, 3 de julho de 2010

Economia na ponta da chuteira


Enquanto o Brasil se candidatava a vencedor da Copa do Mundo de 2010 a sociedade construía suas teorias para justificar qualquer laranjada que pudesse ocorrer.

Entre as diversas teorias da conspiração que ouvi sobre a desclassificação do Brasil a mais pertinente é que se a nossa seleção fosse vencedora neste torneio o resultado afetaria diretamente a Copa de 2014. Isso porque sendo o Brasil uma das seleções mais acreditadas o fato de estar jogando em casa já o “garante” a vitória frente seus adversários.

Ainda não entendeu? Pois bem, se o Brasil “já possui” o Hexa (caso tivesse vencido) e concorresse novamente ao Hepta em sua casa, o turismo e a economia seriam afetados devido ao desinteresse na comunidade mundial em vir para o Brasil assistir a seleção da casa ganhar...

Portanto, demonstra-se fraqueza este ano – 2010 - para que em 2014 tenhamos público, turismo forte, economia funcionando e a vitória do Brasil em casa.

Tchau Tchau

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pensamentos pessoais... Geração Y


A sensação de não ter o que falar no meio de tantas pessoas com histórias antigas é extremamente desconfortante... As vezes me questiono porque não nasci um pouco antes ou o motivo de não ter vivido situações que muitos viveram.

Nasci já na geração Y. Sou impaciente, insatisfeito e naturalmente ansioso por mudanças e modernizações.

Estar entre um grupo de amigos que possuem histórias há 20 anos, romances, aventuras, viagens, “resenhas”, gera uma sensação de ter perdido esse tempo pelo simples fato de não ter nascido antes.

Sou um insatisfeito com o meu tempo e procuro construir minha história a cada dia a fim de despertar na nova geração a sensação de ter perdido o melhor do mundo.

Tchau Tchau

Quem segura essa batata?


A mudança estrutural na forma de se fazer política pode ser assinalada pela década de 60, principalmente na Europa e EUA com o início da institucionalização dos “movimentos sociais” que possuíam a forte marca e o vigor de mudança do movimento estudantil.

Neste curso de organizações populares e institucionalização destes movimentos - os sociais e de classe - passam por uma burocratização e formalização, o gera força e organização política para época, e possibilita o nascimento dos Conselhos de Classe.

Dentro deste contexto, os Conselhos de Classe representam a forma institucionalizada e organizada de uma classe afim da defesa dos seus direitos e interesses com caráter de organização civil.

O Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (CONFERP) desde 1971 é o representante legal da classe profissional de Relações Públicas, seu papel é garantir direitos e deveres a classe tendo como base o código de ética instituído para a profissão e sua regulamentação pela Lei 5.377, de 11 de dezembro de 1967.

Atualmente a Novela Passione da Rede Globo tem deixado os profissionais de Relações Públicas insatisfeitos por tratar a profissão sem o devido cuidado e ainda distorcer a real atividade por nós desempenhada, transmitindo ainda a informação de que qualquer pessoa pode exercer tal atividade.

Após estes acontecimentos e sua continuidade a classe (des)organizada iniciou manifestações individuais, cobrando inclusive respostas ao diretor da novela (Silvio de Abreu), a emissora, a Gloria Perez (não sei por qual motivo) e ao CONFERP.

Em carta oficial o Conselho anunciou o acompanhamento do caso, o contato com a emissora e se comprometeu a solucionar esta situação.

O meu questionamento é: cabe ao Conselho somente intervir quando há manifestações populares ou ela deve estar atenta até ao que nos passa despercebido? Qual o papel educacional desenvolvido pelo Conselho para a sociedade? A classe realmente se mobiliza ou a maioria dos RP’s mantêm-se em suas zonas de conforto? Qual o papel das redes sociais neste processo? Quem faz a diferença? Profissionais? Teóricos? Estudantes? Delegacias? Conselho(s)?

Tchau Tchau

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Subcelebridades! Sub o quê?


Para começar a escrever neste blog as dúvidas foram variadas.
Inicialmente queria justificar sua criação, depois queria falar sobre algo impactante, mas entre tantos outros assuntos resolvi falar sobre as subcelebridades das redes sociais.

Antes de me enrolar nas redes do twitter não percebia os efeitos catastróficos que alguns com uma rede de contatos e meia dúzia de fotos na sala de casa, com o cachorro, no novo UNO ou seminu poderiam causar.

Recentemente certo cidadão de conversas curiosas e fotos sensuais não entendeu uma leve brincadeira que fiz com ele: um dos seus twetts questionava se após uma semana sem acessar a rede ele havia sido esquecido. De forma inocente respondi: “quem é você? Nunca te vi. Qual foi a resposta? “Eu nem te sigo, não fale comigo e ganha um bloco de graça”. Senti ao final do desabafo que o meu não reconhecimento e o fato de não o ter bajulado deve ter lhe causado uma forte gastrite e um início de depressão. Fiquei confuso e profundamente arrependido!

Acontece que subcelebridades BBBs, rostinhos sensuais, barrigas saradas, cantores do FAMA, dançarinas de funk e mulheres de jogadores/pagodeiros acreditam realmente que a glória está nas festas de celebridades instantâneas, ter cruzado com Débora Secco pelo corredor, posar na TiTiTi, ficar no camarote do show de Belo e - nas redes - ser seguido e/ou indicado por um deles.

Andy Warhol afirmou que "um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama" por isso aproveitem o que lhes resta, pois tem muita gente na fila e o show não pode parar!

Tchau Tchau