domingo, 19 de dezembro de 2010
Tudo o que é eterno evapora
As marcas são eternas?
Deixar sua marca, construir uma marca, ter uma marca, acabar com uma marca, tudo parece muito claro, mas o processo – se pensado por outro viés – não é tão simples assim.
Imaginemos marcas físicas, desde uma cicatriz (involuntária) a uma transformação corporal desejada pelo individuo. Marcas eternas, com menor ou maior grau de visibilidade, mas que se tornam inesquecíveis pelo fato de em algum momento ter existido e maculado fisicamente o autor da situação.
Saímos agora da materialidade e pensemos em criações, construções e marcas imaginárias. Elas existem? São eternas? Sim – sem nem falar em materialização astral, análises religiosas etc. - o fato de em algum instante, algo, alguém ou alguma situação ter se tornado verdade para um ou mais indivíduos já o torna real para quem o constrói e por isso mesmo vira eterno.
Essa discussão me faz pensar na mentira. Mentiras contadas diversas vezes viram verdade? A ciência diz que sim, eu tenho lá meus questionamentos, mas como quem questiona demais fica sem respostas vou aceitar o que pesquisas apontam.
De volta as marcas – de volta ao meu devaneio – administrativamente todas as marcas empresariais possuem ciclos de vida. O marketing afirma que em algum momento a marca dominante “dará” espaço a marcas novas, são as rotações do mercado, a adaptação as mudanças e as curvaturas gráficas das empresas.
Penso que os estudos de marcas empresariais possam ser feitas, também, com o auxílio multi-sistêmico de um profissional atento aos ensinamentos de diferentes vertentes com o cruzamento analítico das verdades existentes e verdades descobertas.
“Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata...” Carlos Drummond de Andrade
Tchau Tchau
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