quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Gente, Seres e Pessoas

Partimos do pré-suposto que as pessoas em nosso entorno são confiáveis ou não?
Naturalmente acreditamos na verdade e na credibilidade das relações?
O que é traição?

Confesso que naturalmente desconfio de todos. Meu primeiro contato é neutro e de observação. Reconheço o ambiente, identifico as características, analiso a situação, coloco meu pé atrás e vou em frente. Se eu sentir que o terreno é fértil troco meia dúzia de palavras, se sinto alguma antipatia recolho-me a insignificância e trituro cada palavra que ouço.

Não vivo na ilusão de tudo bem, tudo ótimo, vamos em frente.
Vivo consciente das falhas humanas e das situações que podem me magoar. Claro que confio em algumas pessoas, claro que confio e desabafo meus tormentos e segredos para alguns, mas até isso acontecer é preciso provas reais de lealdade e um pouco de reciprocidade na confiança.

O dicionário Aurélio afirma que traição é “s.f. Ação ou efeito de trair; felonia, deslealdade”, trair é romper com o acordo de verdade nos relacionamentos, é a violação da confiança, trair é destruir a lealdade que deveria existir nas relações humanas e seguindo seus instintos ceder aos impulsos do corpo e/ou da mente.

O ditado diz que “trair e coçar é só começar”, será?

Aproveitando essa discussão sobre traição vou fazer um desabafo: não consigo fingir a amizade com quem não me tráz nada de positivo. Infelizmente não consigo esconder meus sentimentos, infelizmente meu humor é transparente a qualquer instante e em qualquer situação.
De quem eu não gosto eu quero distância, e desejo a indiferença. Prefiro-os longe e de preferência mudos. Pense quem for que estou errado ou radical, mas já dizia o careca branca “aos amigos tudo, aos inimigos nada”.

Dificilmente antipatizo alguém gratuitamente, não confio em todos, mas também não desgosto de graça. Pessoas arrogantes, prepotentes, intolerantes, preconceituosas, agressivas e oportunistas me causam repúdio. Claro que um dia terei que aprender a conviver com isso, mas por enquanto vou levando meu perfume para outro lado e deixando os ignorantes entre seus pares.

“Os desconfiados desafiam a traição.” Voltaire

Tchau Tchau

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011


Para mim 2011 foi um ano de extrema importância.

Neste ano que me despeço avancei em novos trabalhos, comemorei o primeiro ano formado, conheci pessoas inesquecíveis, descobri que preciso esquecer outras, reconheci boas oportunidades, deixei passar boas chances, ri, chorei, amei, fui amado, desamei, fiz uma nova tatoo, escrevi muito, li um pouco mais, ousei, brinquei, mudei, voltei atrás, errei tanto, descobri novas palavras, sabores, cheiros, toques enfim, 2011 foi um grande espetáculo de som, luz e sensação.

Em 2011 Dilma toma posse como a primeira mulher presidente do Brasil, surge o iPad 2, o Japão experimenta o terror de um terremoto desastroso, Príncipe William casa-se com Kate Middleton, Lea T faz seu primeiro editorial de moda, Obama anuncia a morte de Osama bin Laden, Maria vence o BBB 11, o Rio de Janeiro vive explosões de bueiros, Exaltasamba anuncia recesso,  STF reconhece por unanimidade a união estável entre pessoas do mesmo sexo, Hebe sai do SBT, Obama visita o Brasil, Silvio Santos enfrenta crise, Cigano vence Velasquez, Zezé di Camargo e Luciano brigam e reatam,  Ronaldo fenômeno abandona os campos, população brasileira chega a 190 milhões, Galliano é demitido da Dior, população mundial chega a 7 bilhões, Sandy diz que é possível ter prazer anal, Fátima Bernardes deixa o Jornal Nacional,  nasce o Google+, a Europa enfrenta crise,  Lula e Gianecchini apresentam câncer, morre José Alencar, Sai Baba, Itamar Franco,  Amy Winehouse, Italo Rossi, Steve Jobs, Yves Saint Laurent, Kadhafi, Cesária Évora, Elizabeth Taylor, e Kim Jong-il.

Minha expectativa para 2012 são as melhores, não somente pela renovação do ciclo, mas porque 2011 se vai deixando boas oportunidades.

“É preciso escolher um caminho que não tenha fim, mas, ainda assim, caminhar sempre na expectativa de encontrá-lo.” Geraldo Magela Amaral

Tchau Tchau

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Solteiros Individuais


Tenho percebido que homens e mulheres solteiros e que vivem sozinhos a muito tempo dificilmente terão um relacionamento longo. Sem haver culpados, estas pessoas acostumam-se a vida solitária e aos gostos próprios de se organizar e direcionar suas ações. Indivíduos que acostumaram-se com a vida de solteiro, com a organização da própria casa, com horários próprios e escolhas sem partilha sentem dificuldade em compartilhar escolhas, horários, opções e opiniões com uma segunda pessoa.

Os “solteiros individuais” saíram cedo da casa dos pais, descobriram o valor da vida ainda jovem, as responsabilidades de manter uma casa e a importância de resolver sozinhos seus problemas. A chegada de outra pessoa que opina sobre suas ações, muda a ordem dos seus horários, a ordem dos seus sapatos, a ordem da sua vida ainda cobra atenção e carinho diversas vezes ao dia é realmente o maior desafio para estes solteiros.

Apesar de não se acostumarem (normalmente) a vida a dois, estes solteiros buscam uma companhia, sonham com um longo relacionamento e temem o que será do futuro.

Penso que casar-se com uma pessoa que saiu da casa dos pais direto para uma nova relação torna a transição mais fácil. Infelizmente esta pessoa não passa pela experiência da vida solitária, mas se adéqua a um novo ambiente partilhado de forma mais simples, sem se sentir invadido(a) ou violado(a). No entanto aos pacientes e apaixonados que não querem desistir de quem amam eu indico que sigam em frentes, pois, se conquistarem seus amores, terão uma companhia fiel e leal para o resto da vida.

“Quem não souber povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre a gente.” Charles Baudelaire

Tchau Tchau

domingo, 13 de novembro de 2011

O que vale é a caminhada


E se o mundo tivesse acabado no último dia 11? O que teria valido a pena?
São tantos risos e loucuras, um pouco de aventura, algumas lágrimas, noites sem dormir, surpresas (esperadas e inesperadas), conquistas, corridas, dor de cabeça por preocupação demais, procrastinação, beijos... ah! os beijos!, palavras, dores e dissabores. Enfim momentos inesquecíveis que marcaram a história e a alma de quem vos fala.
Catástrofes, apocalipse, enchentes, terremotos, pragas, guerras, juízo final e tantos outros males “marcam” o possível fim de mundo. Já circula na internet uma brincadeira em que diz: “1999, 2000, 2001, 11/11/11 eu sobrevivi”, Pois bem! Sobrevivi!
Sobrevivi aos fins do mundo, a algumas décadas, ao século passado, ao milênio passado e possivelmente sobreviverei a 2012. Não a toa já programo um pouco do futuro, vivo bem o meu presente, choro sem medo e dou risada sempre que acho graça. Me controlo pois o dia deve ser vivido mas o futuro a mim pertence, então bobagem essa de dizer que pouco importa o que vão pensar, importa sim e importa muito. Vivo inteiro e inteiramente pensando, portanto nada de fim do mundo, eu quero fim de dias integrais e um pouco mais de açúcar a cada manhã.
Assim como a Petrobras pergunta eu te pergunto: o que você quer fazer nos Próximos anos?

“Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.” Carlos Drummond de Andrade

Tchau Tchau

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Algo que se movimenta


Mudar é um estado de espírito ou uma decisão de vida?

Quando algo internamente está desencaixado e você percebe que a melhor escolha não é a mais racional ou a que todos indicariam, o que fazer?

Talvez uma mudança seja a proposta, talvez um novo caminho, talvez seja um desassossego da idade ou uma necessidade de diferenciação.  Alguma coisa está fora da ordem, mas que ordem? A ordem do nasce, cresce, reproduz-se e morre? Não! A ordem do caminho a percorrer até o objetivo final.

Para quem não sabe aonde vai qualquer caminho é atalho, mas eu sei onde quero ir, só não acredito que o atual caminho é o que me levará até ele.

“É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.” Salvador Dali

Tchau Tchau

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Aqueles2


Sabe aqueles dois?

Pois bem, resolveram juntar competências e lançar no mercado uma nova oportunidade de negócio.

Não se trata de uma empresa diferente, nem a melhor do mercado, nem o melhor preço, nem a mais preparada e nenhum desses tantos outros diferenciais apresentados por outras empresas e que na verdade são adjetivos vendidos/adquiridos em qualquer prateleira.

Trata-se de um trabalho igual, mas que está sendo desenvolvido por aqueles2.
Isso mesmo! Aqueles dois.

Isso já é suficiente né?

Sejam todos bem vindos!

“O homem acredita mais com os olhos do que com os ouvidos. Por isso longo é o caminho através de regras e normas, curto e eficaz através do exemplo.” Sêneca

Tchau Tchau

domingo, 2 de outubro de 2011

Um caso de Ética e de Moda

Ligada a moral e ao caráter, a ética é uma atitude individual e coletiva, simultaneamente exigida pela sociedade em âmbito pessoal, político e de negócios. A partir da definição de que ética é o “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto" (Dicionário Aurélio), entende-se a necessidade da prática individual/social de atitudes que visem o bom funcionamento das relações, com intuito do bom funcionamento do sistema.

Presente em toda a sociedade e discutida principalmente nas áreas política, corporativa, familiar, religiosa e moral, a ética exige do individuo posturas individuais que visem o bom funcionamento da sociedade de forma a não haver prejuízos para nenhum envolvido direto ou indiretamente.

Publicado na Revista ISTOÉ do dia 22 de agosto de 2011, a rede de varejo Zara foi denunciada por estar está envolvida em um sistema de abuso de trabalho envolvendo costueiras(os) no interior de São Paulo. A notícia publicada em rede nacional pela rede Bandeirantes através do programa A Liga apresenta trabalhadores brasileiros e estrangeiros que ilegalmente exerciam atividade profissional no estado, tendo, como em tantos casos noticiados em outros países, seus passaportes retidos, condições subumanas de trabalho, nenhuma infra-estrutura e remuneração muito abaixo da mínima exigida, configurando legalmente a situação de trabalho escravo.

A reportagem que repercutiu em investigações e processos estimulou a investigação da loja e suas terceirizadas, a fim de averiguar esquemas ainda maiores como tráfico internacional de pessoas, exploração sexual, incluindo crianças e adolescentes e exploração do trabalho infantil.

A Zara, por meio de um dos representantes da Inditex (terceirizada envolvida nas denúncias) declarou que os casos de trabalho escravo revelados na investigação do Ministério Público ferem os princípios e os interesses do grupo. De acordo com a empresa ainda em setembro, mês das denúncias, foi criado um serviço de tele-atendimento gratuito para denúncias de trabalho escravo no país. Além disso, segundo a empresa, haverá monitoramento da cadeia produtiva de toda a rede, um manual de boas práticas para indústria têxtil e um programa continuo de capacitação dos fornecedores.

Segundo Adela Cortina “a ética aplicada nasceu por imperativo de uma realidade social que necessitava de sociedades moralmente pluralistas”, ainda segundo a autora “a ética contemporânea deixou de ser discutida por filósofos morais e passou a ser assunto de comissões, profissionais e opinião pública.

O caso Zara do ponto de vista das Relações Públicas é um caso clássico de má administração e relacionamento entre seus públicos. Para as Relações Públicas a situação vivenciada pela empresa demonstra o quão importante é o relacionamento estratégico desenvolvido com seus fornecedores e funcionários terceirizados.

"No Brasil, quem tem ética parece anormal." Mário Covas

Tchau Tchau

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

la responsabilité


Derivado culto do latim ‘responsu-‘ e do francês responsabilité a palavra responsabilidade designa a “obrigação de responder pelas ações próprias ou dos outros. Caráter ou estado do que é responsável.” (dicionário online).

Infelizmente a aplicação prática da responsabilidade é algo pouco vivenciada.

Filosoficamente parte-se da idéia de que um indivíduo para ser responsável necessita de livre-arbítrio, pois quando a determinismo à execução da ação não existe o caráter responsável do autor.

O responsável é aquele que conscientemente executa suas ações e expõem suas opiniões sem causar transtorno a terceiros, tendo a plena responsabilidade dos seus atos com objetivo de bem estar comum a todos.

Pensemos em responsabilidade não somente como a execução de ações que foram demandas por um grupo, organização e/ou superior. Pensemos na responsabilidade presente em personagens que de forma livre e disciplinada (acredito na presença da disciplina entre os responsáveis) executam ações de necessidade própria e coletiva.

“Não me agrada aconselhar, porque, em todos os casos, trata-se de uma responsabilidade desnecessária.” Benjamin Disraeli

Tchau Tchau

domingo, 18 de setembro de 2011

Empreender: um exercício de ousadia e disciplina


Empreender – “entrepreneur” - significa tomar a resolução de fazer uma coisa ousada e começá-la.

Tanto o Brasil quanto outros países em desenvolvimento identificam no empreendedorismo o segredo para geração de capital, distribuição de renda, avanço tecnológico e desenvolvimento social. Não por acaso, tantas escolas apostam no ensino do empreendedorismo através de incentivos e investimentos do Governo por meio de políticas públicas.

O termo empreendedorismo se popularizou no Brasil na década de 90, sendo utilizada inicialmente por Joseph Schumpeter, em 1950, para representar a ação criativa de uma pessoa com o objetivo de sucesso e mais tarde por Peter Drucker, em 1970, com o conceito mais modernizado, incluindo o risco e a ousadia em toda a ação.

No Brasil o empreendedorismo está ligado ao processo de privatização de grandes estatais, que impulsionaram a demanda de novas empresas e a necessidade do governo em criar programas, como o SEBRAE, para capacitar, orientar e estimular o individuo produtor ao empreendedorismo.

É necessário ao empreendedor ousadia e pro-atividade para se “lançar” no mercado de produtos e/ou serviços, como afirma Fernando Dolabela. Ao empreendedor cabe “aprender a pensar e agir por conta própria, com criatividade, liderança e visão de futuro, para inovar e ocupar o seu espaço no mercado, transformando esse ato também em prazer e emoção”.

Uma pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor, 2004, constatou que cerca de 73 milhões de pessoas em 34 países estavam envolvidas em atividades de negócios em todo o mundo. Só no Brasil, segundo o SEBRAE, quase 99% dos estabelecimentos comerciais são micro ou pequenas empresas, sendo o surgimento da maioria de novas empresas motivadas por necessidade.

Criar um novo negócio requer estudo, ousadia e disciplina. Não a toa 58% das micro e pequenas empresas brasileiras fecham antes de completar cinco anos (SEBRAE – SP), sendo que em 2000 este número representava 71%.

Sugiro a todos os novos empreendedores o auxilio de empresas especializadas, auxilio dos programas governamentais, dedicação a nova atividade, um bom planejamento e plano de negócios e por fim trabalho. Muito trabalho para se manter em um mercado tão violento.


“Não há contradição entre disciplina e iniciativa. Elas complementam-se.” Textos Judaicos


Tchau Tchau

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Elimine Gorduras


Resolvi queimar algumas gorduras.

Não me refiro somente a clássica gordura abdominal, mas as gorduras do dia a dia, a gordura do gasto supérfluo, do alimento desnecessário, do aborrecimento sem motivo, das pessoas indesejáveis e dos sofrimentos sem origem.

São gorduras acumuladas com os desprazeres diários, com os traumas, angustias, ansiedades e experiências. São gorduras que não se queimam em academia, mas em reflexão, novas posturas, novos olhares.

Gordura é definida como ”substância untuosa, de origem animal ou vegetal, que, em estado sólido, se derrete com facilidade. / Sebo, unto, banha. / Tecido adiposo. / Acúmulo de banha nos tecidos; adiposidade.”

Penso na necessidade de investir e não gastar.

Otimizar resultados.

Obter somente o planejado.

Chega de gorduras desnecessárias.

"Eu sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil, que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura." Clarice Lispector

Tchau Tchau

domingo, 31 de julho de 2011

Entre vácuos e oficinas


Experimente discutir contemporaneidade social com uma turma egressa da faculdade e conheça em que nível está a nossa formação escolar.

Desde a graduação questiono o que ocorre com os estudantes de nível superior que (simplesmente) desconhecem seu papel transformador na sociedade. São pessoas privilegiadas, fazem parte da minoria populacional que tem acesso ao estudo, possuem alguma base familiar para transpor barreiras, são basicamente pesquisadores em potencial, mas não conseguem sequer efetivar o tecnicismo aos quais foram capacitados, quanto mais avaliar situações, informações e contextos de forma crítica.

Pensemos rapidamente em quantos amigos/colegas/conhecidos nós temos desocupados, mas que estamos “impossibilitados” de indicar para oportunidades profissionais. Avaliemos rapidamente: quais são as características que os tornam inaptos para a indicação?

Graduar profissionais em áreas diversas não é, sob hipótese alguma, garantia de que este profissional está capacitado para atuar no mercado. Infelizmente são oficinas de técnicos – com todo respeito aos técnicos capazes, críticos e produtivos – que incapazes de se orientar seguem o direcionamento “obrigatório” exigido pelo sistema.

Irrita-me o desconhecimento político, a ignorância no uso das palavras, a desarticulação na apresentação de idéias e a resistência ao aprendizado coletivo. Perceba: quem só passeou pelos estudos durantes todos os anos, acredita com veemência que suas idéias são verdadeiras, únicas, certas e inquestionáveis.

Pobres tolos!

Crer em qualquer verdade absoluta é tão absurdo como acreditar que profissionais ruins não ocuparão excelentes cargos no mercado.

“Talvez o tempo te ponha na sua escola pois não terás melhor professor que ele.” Abu Shakur

Tchau Tchau

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Invisível


oculto
recôndito
escondido
sobrenatural
sonegado
encoberto
misterioso
desconhecido


“Não tenhamos pressa,
mas não percamos tempo.” José Saramago

Tchau Tchau

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uma crítica profissional


Não quero estereotipar uma função, mas minha expectativa, por baixo, é que um Diretor de Recursos Humanos se comporte como alguém minimamente cordial.

Segundo o Guia do estudante, o profissional de RH pode atuar no mercado como consultor de recrutamento e seleção, assistente de departamento de pessoal, supervisor de cargos, salários e benefícios, gestor de conflitos, analista de treinamento e analista de recursos humanos, desenvolvimento e comportamento organizacional, chegando a gerente de recursos humanos.

Não é incomum encontrar profissionais de comunicação, recursos humanos, sociologia, saúde entre tantos outros que lidam com públicos de formas diversas, mas não possuem trato mínimo para tal função. São verdadeiros técnicos profissionais, capacitados exclusivamente para escrever relatórios e transmitir informações por e-mail. São aqueles profissionais que não olham nos olhos, se recusam a um bom dia / boa tarde / boa noite, evitam sorrir e quando indagados sobre o funcionamento das demandas de sua equipe sabem somente que seus resultados são baseados nos outros.

Ocupar uma função de Gestão requer desenvolvimento de empatia entre seus públicos, conhecer seu funcionamento, inspirar admiração, ser simpático e ter conhecimento suficiente para transitar entre as áreas do negócio.

Esse texto na verdade é um desabafo a profissionais de RH que esquecem do seu papel fundamental entre a empresa e seus funcionários.


“Eu sou parte de uma equipe. Então, quando venço, não sou eu apenas quem vence. De certa forma termino o trabalho de um grupo enorme de pessoas!" Airton Senna da Silva

Tchau Tchau

terça-feira, 17 de maio de 2011

Um pequeno passo #LutaContraHomofobia


Para “comemorar” a exclusão do homossexualismo da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi estipulado o dia 17 de maio como o dia internacional contra a homofobia.

Nesta data em 1990 (oficialmente declarada em 1992) o mundo avançou em busca da igualdade e respeito humano.

Temo a existência de personagens como Jair Bolsonaro e Silas Malafaia que por meio de suas imagens públicas propagam o ódio e o estímulo a selvageria.

Senhores, desejo realmente que sejam excluídos seus direitos de ir e vir e que além de aleijados, vocês possam ser mudos e violentados.

#ProntoFalei


“O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus.” Platão


Tchau Tchau

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Paciência -3


Que me poupem os hipócritas, mas nossa população tem um excesso de alegria que até incomoda.

Falta autocensura, sobra espontaneidade, transborda intimidade e tudo isso preso a um discurso piegas: não devo nada a ninguém, quem paga minhas contas sou eu.

São cantores de filas, DJs de ônibus, animadores de reuniões, heróis super sinceros, religiosos inconvenientes, palhaços sem platéia e personagens honestos para a vida alheia.

Me torra o saco a quantidade de pessoas inconvenientes e mal educadas que sobrevivem a cada dia. Pior então é quando vejo marginais sociais não se dando o mínimo valor e preferindo reforçar o preconceito de classe, gênero e raça em troca de uma explosão animada de ração-alegria, sem ao menos pensar no que está exibindo.

"Amigos": menos pode ser muito mais!

Por mais resistente que te seja ser discreto, opte pela educação imposta há anos e coloque no topo do seu comportamento o super ego tão pouco conhecido.

Se você quer continuar sonhando em ter uma casa de novela e um carrão na garagem, acorde! Por que pobre sem visão de futuro só entra em mansão ganhando na loto, jogando futebol ou compondo pagode, no mais entra diariamente para fazer serviços domésticos ou incomodar o dono da casa.


“Educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos possuem.” Karl Kraus

Tchau Tchau

terça-feira, 19 de abril de 2011

Na dose de sua homeopatia


Eu nasci para cutucar o mundo.

Não quero passar em branco, deixar lembranças vagas e pouco importar se respiro ou vegeto. Quero fazer com que sua ferida seja examinada e que seu coração palpite com o “absurdo” que imponho aos seus olhos.

Eu escolhi fazer a diferença entre o preconceito e a opção.

Se você tem medo de experimentar o sexo: eu não tenho. Tem medo de olhar nos olhos e negar todas as opiniões: eu não. Tem medo de dizer ao erro que ele pode estar certo? Não, eu também não tenho.

Acabei de ser futucado quanto à necessidade de equilibrar a imparcialidade textual com a capacidade que adquiri em transmitir mais ousadia. A necessidade de usar meus veículos como um tapa aos que querem ler mais do que informação é uma obrigação com todos aqueles que querem extrapolar os jornais e vivenciar a opinião alheia.

Decidi então equilibrar o conteúdo com um posicionamento mais forte, espero que todos estejam prontos para pequenas doses de veneno.


“Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.” Friedrich Nietzsche


Tchau Tchau

domingo, 17 de abril de 2011

Educação sem armas


A mais recente discussão política em pauta é um possível novo plebiscito quanto à venda de armas. Enquanto muitos estão desatentos, o senador José Sarney apresentou no Congresso uma proposta para que seja refeita a consulta pública que garantiu o direito legal do comércio de armas.

A consulta pública realizada em 2005 perguntava se "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?" tendo como resultado a resposta negativa a proibição. Acontece que, segundo Sarney, após os acontecimentos violentos ocorridos, em especial os assassinatos em Realengo, a situação vigente deve ser rediscutida a fim de evitar, ou diminuir, a incidência de novos acontecimentos.

Para mim, não para todos (a exemplo da ONG Brasil sem Armas), essa discussão deve ser pauta para um novo plebiscito em que a população seja esclarecida dos efeitos positivos e negativos no comércio legal. Não me assusta que, se em pesquisa, fosse identificado que nossa sociedade não sabe o significado das vendas armas e nem conseguiu, ao menos, interpretar a pergunta realizada no plebiscito anterior.

Como estímulo a uma teoria conspiratória questiono-me também sobre o lobby realizado pela indústria bélica para que tantos políticos e ONGs que antes apoiavam o desarmamento estejam hoje contra uma nova pesquisa.

Peço a todos os leitores e formadores de opinião que analisem os efeitos sociais do comércio e identifiquem qual o significado in loco da liberdade de compra e venda (mesmo com as atuais exigências ao porte).

Opino contra a legalidade da venda, mas estou disponível para a discussão e para o convencimento de quem tenha um coerente argumento contrário.


“O fraco treme diante da opinião pública, o louco afronta-a, o sábio julga-a, o homem hábil dirige-a.” Jeanne Roland


Tchau Tchau

terça-feira, 12 de abril de 2011

Simplesmente


Criança

s.f. Indivíduo da espécie humana na infância (menino ou menina). / Ação de criar, criação.

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." Platão

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Qual sua idéia?


Vamos pensar que existe um vendedor com pouco trato. Ele se força a parecer simpático, não se adapta a realidades distintas e seu corpo não reage enquanto apresenta novas idéias. Para complicar ainda mais imagine que ele não confia no que diz - apesar de fingir acreditar em algo – possui um medo enorme de não parecer bom o suficiente e vacila quando outrem lhe diz o que fazer.

Esse vendedor parece estar fadado ao fracasso, mas as vezes ele consegue uma proeza e se instala no lugar errado.

Idéia é a “s.f. representação mental que o espírito forma de qualquer coisa. / Percepção elementar, aproximada. / Inspiração, concepção literária ou artística. / Intenção determinada. / Opinião, apreciação. / Capricho, fantasia. / Recurso, expediente. / Sistema filosófico, doutrina. / Lembrança. // Idéia fixa, pensamento dominante e obsessivo. // Idéia geral, conceito. // Tirar alguma coisa da idéia, deixar de pensar numa coisa. // Dar idéia de alguma coisa, mostrar semelhança, trazer à memória. // Fazer idéia (de alguma coisa), imaginá-la, compreendê-la. // Ter boas idéias, ser engenhoso, ter boa concepção.”

Defender uma idéia e sustentar opiniões exige ousadia e conhecimento da situação. O individuo que se propõe a opinar precisa ter maleabilidade para inovações e sustentação para argumentos. A humildade faz parte do processo de aprendizado, mas a confiança imprimida durante a venda garante aos espectadores uma admiração ao locutor e uma compra pela credibilidade.


“Em ciência, o crédito vai para o homem que convence o mundo de uma idéia, não para aquele que a teve primeiro.”
William Osler


Tchau Tchau

terça-feira, 29 de março de 2011

Repúdio a Bolsonaro


Tento explicar o quanto fico assustado ao ouvir declarações como a do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) mas não consigo.

Quero no entanto “parabenizar” a sociedade brasileira por sua passividade, permissividade, ignorância, cinismo e imbecilidade. Ouvir tantos absurdos, abaixar a cabeça para declarações homofóbicas e racistas, ver com naturalidade casos de agressão e preconceito, fingir se importar com a realidade social mas arrotar arrogância está bem no perfil do eleitor que vota em um sujeito e o garante poder econômico para ter mais do que o "resto" mortal.

Quero ao tal Jair o destino dado por Heider Mustafá:

@heidermustafa: Quero o Bolsonaro sendo enrabado no calçadão de Copacabana por um negão mega-dotado. Com cerol, por favor...


Tchau Tchau

quarta-feira, 23 de março de 2011

E assim concluo mais um ano...


“O tempo passa, o tempo voa”
Esse é um jingle da Bamerindus que não esqueço. Mas o que quero falar agora não é sobre isso, hoje minha conversa é sobre aniversário.

De origem latina, aniversário (annus (ano) + vertere (voltar)) significa “aquilo que volta todos os anos”, sendo ela a repetição anual de uma comemoração no mesmo dia e mês. Como complemento simbólico o aniversário sempre tem a presença de um bolo (símbolo da fartura) e de uma vela, como representação do luar e da luz que guia a vida do aniversariante.

Tenho muito prazer em ver mais um ciclo sendo concluído e bem aproveitado, na comemoração de novos anos inevitavelmente percebo o quanto foi rápido cada instante. Estar entre amigos, festejar com a família, perceber que a cada ano mais pessoas ficam em minha vida e que com muita satisfação cultivo amigos e boas companhias.

Meu aniversário está próximo e com ele o início de mais um ano. Serão mais 365 dias (se tudo der certo) para que eu trabalhe, estude, festeje, beije, abrace, leia, questione, brigue, peça perdão, aprenda, ouse, pare, escute, grite, dance, interaja, tecle, escreva, twitte, fotografe, cobre, namore, brinque, chore, ganhe, perca, sonhe, ame, peça, deite, pule, corra, me atrase, me cuide, bata, apanhe, me jogue e dê muita gargalhada!

Que venha o próximo ano e que junto dele todos meus amigos, familiares e amores.


“Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.”
Vinicius de Morais

Obs – a data? 03/04!

Tchau Tchau

segunda-feira, 21 de março de 2011

“É engraçado como acontece essa química não é?”


Quem começa uma relação apaixonado(a) se questiona de onde vem essa química louca que gera o pensar a todo instante, o desejo de estar junto e abraçado(a) e a alegria transbordante estampada na cara.

Não existe uma fórmula, um perfil, um jeito de olhar, falar ou a pose exata, os apaixonados se atraem pelo conjunto dos fatores vividos naquela situação. São experiências e corpos, corpos e toques.

Sim, o corpo escolhe onde quer descansar e acordar pelo resto dos dias.

Quando estamos apaixonados produzimos duas substâncias chamadas dopamina e adrenalina responsáveis (entre tantas outras funções) pelos arrepios, prazer, coração acelerado, suor, pupila dilatada e sensação de amor que vai sendo vislumbrado para algum instante.

Isso significa que na afirmação “rolou uma química” de fato diversas reações corporais foram estimuladas e experimentadas, e provavelmente o(a) individuo(a) depois dali não será mais o(a) mesmo(a).

O Aurélio define química como a “ciência que estuda a natureza e as propriedades dos corpos simples, a ação desses corpos uns sobre os outros e as combinações resultantes dessa ação”, daí a explicação mais direta para a vivência entre duas pessoas.

É engraçado que não se sabe ao certo de onde ela vem, nem temos certeza para onde ela vai, mas quando surge - e é aceita - o estrago é tanto que todos os planos são questionados, todos os minutos viram alegria e um simples bom dia te faz ver o quanto é bom viver.


Esse texto é para você!


“Sublimemos, amor. Assim as flores
No jardim não morreram se o perfume
No cristal da essência se defende.
Passemos nós as provas, os ardores:
Não caldeiam instintos sem o lume
Nem o secreto aroma que rescende”.
José Saramago


Tchau Tchau

quarta-feira, 16 de março de 2011

Carta 10: a Roda da Fortuna


Tudo tem um motivo... Talvez ainda não possamos entendê-lo, talvez tudo esteja muito claro para nossos olhos turvos, talvez ainda precisemos ter esses olhos cegos por um tempo, mas com pouca - ou nenhuma - experiência já vi que nada como um dia após o outro e uma noite no meio deles.

Fato: ninguém deseja menos.

Não desejamos menos do que sonhamos, não esperamos pouco de nossas expectativas e não aceitamos que nos roube a esperança alimentada. O problema está em manter-se digno e parecer sereno a cada nova situação.

Sou totalmente a favor de uma briga justa e do desabafo oportuno dos nobres, é preciso levantar os olhos, respirar fundo e desarmar o oponente. Soa agressivo dizer que o outro é oponente? Imagino que sim, mas inevitavelmente quando estamos em um embate os lados se opõem e cada um defende seus “direitos”.

Penso que levar um murro na cara é merecido aos que se enganam com a realidade. Cair do cavalo é pouco ao cavaleiro que desconhece os limites. Perder o sono é conseqüência de quem sabe onde errou.

Essa pode até parecer uma autobiografia, mas pode ser também a sua biografia.


“Aprendi com as primaveras a me deixar cortar e voltar inteira.” Cecília Meireles


Tchau Tchau

quinta-feira, 10 de março de 2011

“Ando perguntando quem não, quem não gostaria!”


O nordeste construiu uma desavença como se algum estado desta região fosse muito melhor do que o outro. Claro que como bom baiano posso ressaltar as qualidades impares que a Bahia tem ou ainda desafiar os(as) curiosos(as) a descobrir “o quê que a baiana tem”, mas nunca, jamais, poderia negar que a cada estado que conheço me encanto com uma nova descoberta.

São sotaques diferentes, comidas diferentes, formas diferentes de se comportar, roupas das mais variadas formas e cores e ritmos que estão muito além dos clássicos nordestinos da MPB.

Para quem está à parte pode parecer que o nosso público possui o mesmo andar ou modo de falar, pensam – os ignorantes – que nossa política é a mesma e que a economia de cada estado segue o mesmo ritmo e lugar.

Engano trouxa.

Tive e tenho a oportunidade de conhecer alguns estados do nordeste e me encanto a cada novo passo com a riquíssima cultura regional. É incrível perceber que este ponto do Brasil possui cultura própria, o nordeste está além da pluralidade obtida com as colonizações e carrega consigo um misto de criatividade e inovação, tão admirada por todas as nacionalidades e tão invejada por muitos idiotas.

Mais uma vez – durante o carnaval – pude curtir um estado do nordeste logo após voltar de São Paulo (um lugar que amo!) e reafirmar com toda a certeza: eu gosto de ser baiano e tenho orgulho de ser nordestino!


“Procure no mundo uma cidade
Com a beleza e a claridade
Do luar do meu sertão”
Luiz Gonzaga


Tchau Tchau

quarta-feira, 2 de março de 2011

SP é essa Coca-Cola...


Com 11.244.369 milhões de habitantes São Paulo é essa Coca-Cola toda. O principal centro financeiro, mercantil e corporativo do nosso país é a sexta maior cidade do mundo, a 14ª cidade mais globalizada do planeta e abriga personagens diversos, dos mais clássicos aos mais modernos.

Com toda sua diversidade avassaladora, a metrópole brasileira vive seu caos organizando recebendo, devolvendo e abrigando pessoas de todo o país e de todo o mundo, o que a permite ter de tudo um pouco e de muitos muito.

Parece exagero dizer que ir a SP é experimentar o aborrecimento de uma desordem estrutural e o prazer de imergir em uma cultura mundial, mas, sem dúvida, para quem quer experimentar uma outra dinâmica observe o comportamento dos públicos, perceba o formato de suas ruas, enxergue o céu cinzento entre muros e olhe nos olhos de cada um que passa nos carros ao lado. É tudo muito plural, é tudo muito complexo mas tudo muito funcional.

Com o 10º maior PIB do mundo e a quarta maior aglomeração urbana do planeta a Cidade de São Paulo possui diversidade suficiente para abrigar além de figuras ilustres e nobres, pequenas pessoas com cabeças mesquinhas e atitudes retrogradas, uma vergonha infeliz mas que não macula seu viés admirável.

Aos que não conhecem sugiro a experiência, aos que conhecem devem concordar que uma visita é necessária ao menos todo semestre.


"Non ducor, duco" ("Não sou conduzido, conduzo") - Lema do brasão de São Paulo


Tchau Tchau

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Etiqueta Corporativa: qual o seu valor?


Acredito que aos Relações Públicas o tema Etiqueta Corporativa não seja mais nenhuma novidade, afinal, além de exercer função estratégica a nós cabe também o reporte e relacionamento direto com a presidência e a alta diretoria da organização/empresa/instituição em que atuamos.

Acontece que mesmo parecendo óbvio para tantos profissionais a aplicabilidade da etiqueta corporativa não é tão usual, esse desuso se apresenta na forma de falar, vestir, andar, comer, organizar o ambiente de trabalho e se relacionar com os pares.

Etiqueta corporativa – ou empresarial – “são normas que têm como objetivo formar e/ou capacitar um funcionário para atender clientes, principalmente, da melhor forma possível, incluindo também a apresentação física, contato com colegas e chefes, contatos ao telefone - sempre com base nas regras da boa educação e da melhor convivência”, é o que afirma Gianine Luiza Consultora de Etiqueta (Catho, 2007).

Aderir a regras e posturas empresariais tem como finalidade harmonizar as relações no ambiente de trabalho e construir uma identidade corporativa entre os funcionários. É importante ter certo discernimento para identificar onde está o limite da vida pessoal e do ambiente empresarial. Regras básicas como não falar alto, não xingar, evitar decotes e roupas curtas, estar sempre limpo(a), dirimir fofocas, ter equilíbrio harmônico e não misturar vida pessoal com profissional, são orientações mínimas que em essência deveriam ser aprendidas em casa.

As empresas/organizações valorizam muito o profissional com postura adequada a sua função e/ou capacidade, inclusive lhe conferindo mais ou menos espaço e oportunidades na possibilidade de uma ascensão ou remanejamento de cargos.

Sugiro aos profissionais e aspirantes a cargos mais atenção ao conteúdo que expressam e a forma como se apresentam. Investir em cursos, roupas e terapias não são mais uma postura fútil de quem só pensa em consumo e em conto de fadas. Profissionais que desejam ser presidentes mas pensam e se apresentam como secretários fatidicamente chegarão ao local em que melhor se encaixa.


"Aprender é mudar posturas" Platão


Tchau TChau

domingo, 20 de fevereiro de 2011

baixa cultura


Acredito que as pessoas (generalizo propositadamente) ainda não entenderam a importância de um bom atendimento. O erro está em quem contrata, em quem presta o serviço e na sociedade passiva com os seus direitos.

Por mais comum que seja o péssimo atendimento dos prestadores de serviço, ainda me incomodo com as atitudes grotescas de nossa sociedade econômicamente ativa. Não entendo realmente qual é o motivo de tanta displicência: talvez seja resquício de um ego maculado pela colonização, ou talvez o perfil “espontâneo” de nosso "povo brasileiro" gere esta autenticidade de ser a quem atende. Porém aceitar que enquanto consumidor sou forçado a negligenciar meus direitos em busca de uma postura harmônica... não dá!

Nossa sociedade (que em todas as camadas presta serviço e/ou atendimento) enxerga em tal função uma atitude subalternizada, como se naquele instante o ato de servir e não de consumir o colocasse em uma posição menos importante. Acontece que a economia só funciona com o girar do consumo, portanto em alguns instantes sou consumidor e em outros sou consumido (soou estranho?).

Quantos de nós ainda não nos surpreendemos com um bom atendimento? Quantos de nós não ficamos admirados quando somos bem tratados em lojas, restaurantes, táxis, guichês, centrais telefônicas e secretárias diversas? Quantos de nós já não consumimos um produto devido à surpresa de ter sido bem tratado?

O que deveria ser fator comum em nossas empresas e por conseqüência nas nossas relações sociais (e de consumo) nos surpreende de tal forma que aceitamos o ridículo por desconhecer a existência do belo.


“Tenho muito o que fazer. Preparo o meu próximo erro” Bertolt Brecht


Tchau Tchau

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pensei na vida


fu.gaz:
comum aos dois gêneros.
Plural: fugazes

- que foge com rapidez.
- rápido, veloz.
- fugitivo; fugidio; fugido.
- que passa rapidamente,
- transitório.
- efêmero.

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos" Charles Chaplin

Tchau Tchau

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nova empresa, novos hábitos


Nem todos os profissionais de mercado estão preparados para migrar de área se adaptando a uma nova realidade. Sair de um segmento x para atuar em um segmento y exige esforço, adaptabilidade, dedicação, humildade e estudo.

Diversos profissionais - por uma nova oportunidade de emprego e/ou negócio, ascensão profissional, ascensão social ou desafios de carreira - se lançam em áreas desconhecidas sem o devido preparo para a nova função. Claro que em todo novo emprego e/ou atividade o período de adaptação deve ser respeitado para que o trabalhador reconheça a realidade do local e interaja de acordo com sua função.

Acredito que um problema está no profissional que migra de atividade (ou segmento empresarial) mas “carrega” consigo os hábitos e perfil do trabalho anterior. Ele parece não se adequar à cultura da nova empresa e mantêm no seu discurso e postura características entranhadas enquanto exercia a função anterior. Existem situações em que esses hábitos podem ser encaixados e passarem despercebidos, mas em diversos momentos eles gritam e destoam da nova realidade.

Uma boa alternativa para quem vai mudar de área (ou até de emprego) é ser humilde, conhecer a cultura organizacional, estudar sua personalidade e interagir com seus públicos. A imagem de um profissional que conhece “sua empresa” transmite respeitabilidade, confiabilidade e credibilidade para toda equipe, além de garantir que sua atuação não esteja marcada por intransigências, “tiros no pé” e antipatias.


"Carreiras de sucesso não são planejadas, mas são carreiras de pessoas que aproveitam as oportunidades porque conhecem suas forças e os seus valores e estão preparadas". Peter Drucker


Tchau Tchau

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Brasil nasceu aqui


Que me perdoem os xenófobos e inoportunos, mas nascer na Bahia tem um “q” de magia.

Terra de todos os santos, sabores, cores, amores, credos, povos e experiências, na Bahia o sincretismo é validado pelo Papa e comemorado em cada festa “santa”.

Manifestações de intolerância, racismo, descaso e desconhecimento são tão comuns para a Bahia quanto a admiração de ver o pôr-do-sol no Humaitá ou o prazer de tomar um banho de mar a noite no Porto da Barra. Parece que quem fala mal da Bahia ainda não conhece a alegria de viver.

Em cada canto do interior, do povo de pé no chão, do som festeiro, das mínimas comemorações, Caetano, Bethânia, Gil, rendeira, bordadeira, marisqueiras, samba no pé, Morro de São Paulo, moqueca e acarajé. A alegria do baiano está além do carnaval, cada dia é celebrado do nascer ao pôr-do sol por mais que tudo pareça ruim. O povo constrói sua casa em grupo mas tira do piso para pagar o feijão e tira da comunidade novos amigos e novas famílias.

Existe erro nesta cultura? Quem souber, morre!.

Mas entre tudo, meu post é para celebrar uma das festas populares de maior encanto e alegria para os baianos: a Festa de Yemanjá.

Yemanjá: Ye + omo + eja = mãe dos filhos peixes, ou, Yèyé omo ejá = mãe cujos filhos são peixes. É a deusa do mar cuja vaidade é tipicamente feminina. Mãe, esposa e romântica, Yemanjá é celebrada em Salvador a cada dia 2 de fevereiro, sempre com muitas rosas, perfumes e presentes ao mar.

A festa que reúne o sagrado e o profano nasceu em 1928, época em que o Rio Vermelho nascia para Salvador e os pescadores festejavam suas crenças. A festa era dividida em duas partes: primeiro a missa na Igreja de Santana onde católicos e pescadores rezavam em louvor a santa, depois os devotos da Rainha se lançavam ao mar para agradecer a fartura, presentear a mãe d’água e garantir peixe por todo o ano.

Depois de tanto tempo a festa já não é como antes, porém rigorosamente baianos e pescadores festejam e entregam ao mar presentes e desejos para que o ano comece bem e Yemanjá abençoe seus caminhos.

Odoyá!


“Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu” Fernando Pessoa


Tchau Tchau

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Roda Gigante


A ignorância alheia sempre me incomoda.

Não que esteja imune a minha própria ignorância, mas perceber “pensamentos quase irracionais” me causa um desconforto de alma, um desejo explosivo de questionar: qual o sentido de tudo isso? A vida é mesmo um parque de diversões?


“Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica nossa ignorância” John F. Kennedy


Tchau Tchau

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Abra os olhos e respire


Quem realmente se permite a experimentação de novos sabores? Que ousa com novas roupas, novos lugares, novos comportamentos, novas vivências, novas sensações e novas pessoas? Quem sai do seu lugar comum?

O Dicionário Aurélio define viver como “v.i. Ter vida ou existência; existir. / Durar, perdurar, subsistir. / Aproveitar a vida. / Comportar-se em vida. / Habitar, residir, morar. / Estar frequentemente (em algum lugar ou em companhia de alguém). / V.t. Passar (a vida). // Viver de, alimentar-se, sustentar-se de. // Viver com, ser amasiado com. // Viver para, fazer de uma atividade ou de uma pessoa o objetivo de sua vida”.

Quando principio da idéia (não filosófica, mas empírica) de que estamos todos vivos, o ato e/ou ação da experimentação continua, sobre meu ver, garante ao ser humano a capacidade de viver.

Mas então, nem todos estamos vivos?

Sim e não.

Estamos vivos fisiologicamente: respiramos e possuímos atividade sanguínea e cerebral (em diversos casos), porém nem todos questionam, experimentam, extrapolam, utilizam seus 10% de capacidade cerebral ou percebem-se politicamente.

São em geral pessoas de todas as classes, grupos, religiões, regiões, oportunidades e possibilidades. Somos todos nós que acostumados com o mesmo caminho seguimos a trilha do óbvio sem questionar o bem-viver.
São as escolas que tecnicamente formam cidadãos aptos a aprovação universitária sem o permitir ao questionamento de vida.
São as famílias que definem genealogicamente e inquestionavelmente os sonhos das novas gerações.
Somos todos nós que mesmo acreditando pensar, seguimos (com parcimônia ou rebeldia) um único caminho traçado e “possível”.

Tenho o prazer de aproximar-me de pessoas que questionam suas próprias percepções e verdades para em grupo debater, experimentar, ousar, classificar, respeitar e extrapolar o mundo particular de quem só enxerga o horizonte por sua óbvia janela.


“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”. Oscar Wilde


Tchau Tchau

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Significado de Ousar


De acordo com o Dicionário Aurélio:

v.t. Tentar, empreender com coragem, com audácia. / Atrever-se, ter o desplante de.


"O desejo para fazer, a alma para ousar" Walter Scott

Tchau Tchau

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Copos cheios


Todo mundo conhece um famoso “amigo de copo”. São aquelas pessoas que estão sempre juntas, adoram uma farra, vivem em festinhas de bares e casas amigas, mas quando um problema surge em sua vida eles simplesmente somem. Pois é “amigos” vocês são o motivo de meu texto.

Ao longo da minha curta vida tenho identificado companhias maravilhosas para momentos de lazer total e dinheiro no bolso. Pensei nisso durante muito tempo como um fator ruim, as classifiquei como pessoas oportunistas, interesseiras e vazias.

Mas hoje pensei o quanto são necessárias.

Pessoas “amigas de copo” são excelentes companhias para rir e dividir momentos engraçados da vida, de uma maneira geral ofertam conselhos diretos e sem medo, adoram curtir a vida e não se preocupam muito com a conjuntura econômica mundial. São elas que nos fazem companhia nas festas e farras, quando tudo o que você é busca é esquecer que o dólar existe.

Ter “amigos” para as farras, acredito, é essencial à manutenção da vida social. O fato de que (para mim) eles estão restritos ao lazer mundano não os tornam vazios e nem interesseiros, significa que nossa relação – até então – está restrita a este nível.

Além do popular “amigo” que some nas horas de necessidade existem casos de grandes surpresas e decepções nos dois níveis. Penso também que é necessário analisarmos as relações sociais estabelecidas e entender o formato como a sociedade se comporta. Esperar muito de todos é como esperar muito de si, de fato tudo tem um limite e cabe ao indivíduo saber qual o seu.

“Conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a si próprio é verdadeira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é verdadeiro poder” Lao-Tsé

Tchau Tchau