domingo, 31 de julho de 2011
Entre vácuos e oficinas
Experimente discutir contemporaneidade social com uma turma egressa da faculdade e conheça em que nível está a nossa formação escolar.
Desde a graduação questiono o que ocorre com os estudantes de nível superior que (simplesmente) desconhecem seu papel transformador na sociedade. São pessoas privilegiadas, fazem parte da minoria populacional que tem acesso ao estudo, possuem alguma base familiar para transpor barreiras, são basicamente pesquisadores em potencial, mas não conseguem sequer efetivar o tecnicismo aos quais foram capacitados, quanto mais avaliar situações, informações e contextos de forma crítica.
Pensemos rapidamente em quantos amigos/colegas/conhecidos nós temos desocupados, mas que estamos “impossibilitados” de indicar para oportunidades profissionais. Avaliemos rapidamente: quais são as características que os tornam inaptos para a indicação?
Graduar profissionais em áreas diversas não é, sob hipótese alguma, garantia de que este profissional está capacitado para atuar no mercado. Infelizmente são oficinas de técnicos – com todo respeito aos técnicos capazes, críticos e produtivos – que incapazes de se orientar seguem o direcionamento “obrigatório” exigido pelo sistema.
Irrita-me o desconhecimento político, a ignorância no uso das palavras, a desarticulação na apresentação de idéias e a resistência ao aprendizado coletivo. Perceba: quem só passeou pelos estudos durantes todos os anos, acredita com veemência que suas idéias são verdadeiras, únicas, certas e inquestionáveis.
Pobres tolos!
Crer em qualquer verdade absoluta é tão absurdo como acreditar que profissionais ruins não ocuparão excelentes cargos no mercado.
“Talvez o tempo te ponha na sua escola pois não terás melhor professor que ele.” Abu Shakur
Tchau Tchau
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