terça-feira, 29 de março de 2011

Repúdio a Bolsonaro


Tento explicar o quanto fico assustado ao ouvir declarações como a do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) mas não consigo.

Quero no entanto “parabenizar” a sociedade brasileira por sua passividade, permissividade, ignorância, cinismo e imbecilidade. Ouvir tantos absurdos, abaixar a cabeça para declarações homofóbicas e racistas, ver com naturalidade casos de agressão e preconceito, fingir se importar com a realidade social mas arrotar arrogância está bem no perfil do eleitor que vota em um sujeito e o garante poder econômico para ter mais do que o "resto" mortal.

Quero ao tal Jair o destino dado por Heider Mustafá:

@heidermustafa: Quero o Bolsonaro sendo enrabado no calçadão de Copacabana por um negão mega-dotado. Com cerol, por favor...


Tchau Tchau

quarta-feira, 23 de março de 2011

E assim concluo mais um ano...


“O tempo passa, o tempo voa”
Esse é um jingle da Bamerindus que não esqueço. Mas o que quero falar agora não é sobre isso, hoje minha conversa é sobre aniversário.

De origem latina, aniversário (annus (ano) + vertere (voltar)) significa “aquilo que volta todos os anos”, sendo ela a repetição anual de uma comemoração no mesmo dia e mês. Como complemento simbólico o aniversário sempre tem a presença de um bolo (símbolo da fartura) e de uma vela, como representação do luar e da luz que guia a vida do aniversariante.

Tenho muito prazer em ver mais um ciclo sendo concluído e bem aproveitado, na comemoração de novos anos inevitavelmente percebo o quanto foi rápido cada instante. Estar entre amigos, festejar com a família, perceber que a cada ano mais pessoas ficam em minha vida e que com muita satisfação cultivo amigos e boas companhias.

Meu aniversário está próximo e com ele o início de mais um ano. Serão mais 365 dias (se tudo der certo) para que eu trabalhe, estude, festeje, beije, abrace, leia, questione, brigue, peça perdão, aprenda, ouse, pare, escute, grite, dance, interaja, tecle, escreva, twitte, fotografe, cobre, namore, brinque, chore, ganhe, perca, sonhe, ame, peça, deite, pule, corra, me atrase, me cuide, bata, apanhe, me jogue e dê muita gargalhada!

Que venha o próximo ano e que junto dele todos meus amigos, familiares e amores.


“Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.”
Vinicius de Morais

Obs – a data? 03/04!

Tchau Tchau

segunda-feira, 21 de março de 2011

“É engraçado como acontece essa química não é?”


Quem começa uma relação apaixonado(a) se questiona de onde vem essa química louca que gera o pensar a todo instante, o desejo de estar junto e abraçado(a) e a alegria transbordante estampada na cara.

Não existe uma fórmula, um perfil, um jeito de olhar, falar ou a pose exata, os apaixonados se atraem pelo conjunto dos fatores vividos naquela situação. São experiências e corpos, corpos e toques.

Sim, o corpo escolhe onde quer descansar e acordar pelo resto dos dias.

Quando estamos apaixonados produzimos duas substâncias chamadas dopamina e adrenalina responsáveis (entre tantas outras funções) pelos arrepios, prazer, coração acelerado, suor, pupila dilatada e sensação de amor que vai sendo vislumbrado para algum instante.

Isso significa que na afirmação “rolou uma química” de fato diversas reações corporais foram estimuladas e experimentadas, e provavelmente o(a) individuo(a) depois dali não será mais o(a) mesmo(a).

O Aurélio define química como a “ciência que estuda a natureza e as propriedades dos corpos simples, a ação desses corpos uns sobre os outros e as combinações resultantes dessa ação”, daí a explicação mais direta para a vivência entre duas pessoas.

É engraçado que não se sabe ao certo de onde ela vem, nem temos certeza para onde ela vai, mas quando surge - e é aceita - o estrago é tanto que todos os planos são questionados, todos os minutos viram alegria e um simples bom dia te faz ver o quanto é bom viver.


Esse texto é para você!


“Sublimemos, amor. Assim as flores
No jardim não morreram se o perfume
No cristal da essência se defende.
Passemos nós as provas, os ardores:
Não caldeiam instintos sem o lume
Nem o secreto aroma que rescende”.
José Saramago


Tchau Tchau

quarta-feira, 16 de março de 2011

Carta 10: a Roda da Fortuna


Tudo tem um motivo... Talvez ainda não possamos entendê-lo, talvez tudo esteja muito claro para nossos olhos turvos, talvez ainda precisemos ter esses olhos cegos por um tempo, mas com pouca - ou nenhuma - experiência já vi que nada como um dia após o outro e uma noite no meio deles.

Fato: ninguém deseja menos.

Não desejamos menos do que sonhamos, não esperamos pouco de nossas expectativas e não aceitamos que nos roube a esperança alimentada. O problema está em manter-se digno e parecer sereno a cada nova situação.

Sou totalmente a favor de uma briga justa e do desabafo oportuno dos nobres, é preciso levantar os olhos, respirar fundo e desarmar o oponente. Soa agressivo dizer que o outro é oponente? Imagino que sim, mas inevitavelmente quando estamos em um embate os lados se opõem e cada um defende seus “direitos”.

Penso que levar um murro na cara é merecido aos que se enganam com a realidade. Cair do cavalo é pouco ao cavaleiro que desconhece os limites. Perder o sono é conseqüência de quem sabe onde errou.

Essa pode até parecer uma autobiografia, mas pode ser também a sua biografia.


“Aprendi com as primaveras a me deixar cortar e voltar inteira.” Cecília Meireles


Tchau Tchau

quinta-feira, 10 de março de 2011

“Ando perguntando quem não, quem não gostaria!”


O nordeste construiu uma desavença como se algum estado desta região fosse muito melhor do que o outro. Claro que como bom baiano posso ressaltar as qualidades impares que a Bahia tem ou ainda desafiar os(as) curiosos(as) a descobrir “o quê que a baiana tem”, mas nunca, jamais, poderia negar que a cada estado que conheço me encanto com uma nova descoberta.

São sotaques diferentes, comidas diferentes, formas diferentes de se comportar, roupas das mais variadas formas e cores e ritmos que estão muito além dos clássicos nordestinos da MPB.

Para quem está à parte pode parecer que o nosso público possui o mesmo andar ou modo de falar, pensam – os ignorantes – que nossa política é a mesma e que a economia de cada estado segue o mesmo ritmo e lugar.

Engano trouxa.

Tive e tenho a oportunidade de conhecer alguns estados do nordeste e me encanto a cada novo passo com a riquíssima cultura regional. É incrível perceber que este ponto do Brasil possui cultura própria, o nordeste está além da pluralidade obtida com as colonizações e carrega consigo um misto de criatividade e inovação, tão admirada por todas as nacionalidades e tão invejada por muitos idiotas.

Mais uma vez – durante o carnaval – pude curtir um estado do nordeste logo após voltar de São Paulo (um lugar que amo!) e reafirmar com toda a certeza: eu gosto de ser baiano e tenho orgulho de ser nordestino!


“Procure no mundo uma cidade
Com a beleza e a claridade
Do luar do meu sertão”
Luiz Gonzaga


Tchau Tchau

quarta-feira, 2 de março de 2011

SP é essa Coca-Cola...


Com 11.244.369 milhões de habitantes São Paulo é essa Coca-Cola toda. O principal centro financeiro, mercantil e corporativo do nosso país é a sexta maior cidade do mundo, a 14ª cidade mais globalizada do planeta e abriga personagens diversos, dos mais clássicos aos mais modernos.

Com toda sua diversidade avassaladora, a metrópole brasileira vive seu caos organizando recebendo, devolvendo e abrigando pessoas de todo o país e de todo o mundo, o que a permite ter de tudo um pouco e de muitos muito.

Parece exagero dizer que ir a SP é experimentar o aborrecimento de uma desordem estrutural e o prazer de imergir em uma cultura mundial, mas, sem dúvida, para quem quer experimentar uma outra dinâmica observe o comportamento dos públicos, perceba o formato de suas ruas, enxergue o céu cinzento entre muros e olhe nos olhos de cada um que passa nos carros ao lado. É tudo muito plural, é tudo muito complexo mas tudo muito funcional.

Com o 10º maior PIB do mundo e a quarta maior aglomeração urbana do planeta a Cidade de São Paulo possui diversidade suficiente para abrigar além de figuras ilustres e nobres, pequenas pessoas com cabeças mesquinhas e atitudes retrogradas, uma vergonha infeliz mas que não macula seu viés admirável.

Aos que não conhecem sugiro a experiência, aos que conhecem devem concordar que uma visita é necessária ao menos todo semestre.


"Non ducor, duco" ("Não sou conduzido, conduzo") - Lema do brasão de São Paulo


Tchau Tchau