sábado, 31 de julho de 2010

Do Game Over ao New Game


Imaginei que dificilmente escreveria sobre vídeo games. Primeiro porque não tenho nenhum contato com os jogos, minha fase foi no máximo até os 15 anos, e depois imaginava que essa atividade fosse somente brincadeira de criança. Engano meu.

Recentemente no VI Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual assisti uma palestra sobre Tendências em Novas Mídias com Humberto Matsuda que me despertou para o crescimento do uso de vídeo games por homens e mulheres acima dos 30 anos.

De acordo com os dados apresentados nesta palestra 65% dos lares americanos possuem um vídeo game e de cada 5 jogadores 2 são mulheres, o que já nos faz perceber que o jogo não é somente brincadeira de “menino”, as mulheres também estão em busca de diversão e entretenimento tecnológico.

Os dados apresentados por Matsuda revelam que o tempo médio gasto semanalmente por jogador em frente aos gamers são de 18 horas e que 49% dos jogadores tem entre 19 e 49 anos e 25% tem até 18 anos. Esse dado pode ser analisado a partir do aumento de vendas que os vídeo games tiveram durante a recessão americana juntamente com o aumento de procura por fármacos e cinemas.

A indústria bilionária dos jogos também possui números impressionantes. Em 2004 a venda de jogos e vídeo games atingiu a expressiva cifra de 20 bilhões de dólares, já em 2009, três anos depois, esse número atingiu 50 bilhões de dólares, quase o dobro de movimentação financeira em tão pouco tempo.

Fica claro a partir destes números que jogar vídeo game não é brincadeira de criança, não é somente brincadeira de menino e pode ir muito mais além do que o próprio divertimento já conhecido. Já existem jogos direcionados ao desenvolvimento intelectual, estímulo a coordenação motora e a atividade física e com tecnologia suficiente para deixar qualquer marmanjo babando por estas máquinas.

Penso que agora vou dar mais atençao a estes "brinquedinhos"!

“A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana”. Charles Darwin

Tchau Tchau

6 comentários:

  1. Vai voltar à infância hahaha.

    Na verdade o video game hoje é uma um acessório ligado ao computador. Alguns como o X Box se estiverem ligados à rede recebem atualizações nos jogos. E isso já começa a ser explorado pelas marcas em busca de divulgação.

    Abraços
    Mateus
    @ocappuccino

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  2. Pois bem Mateus vou voltar a infância!

    Essas descobertas em relação ao video game me levarão a uma outra análise.

    Obrigado pela colaboração!

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  3. Tem duas questões ligadas ao tema.

    Primeiro, não tenho dúvida da força dos games para a comunicação corporativa, seja buscando a inserção de marca ou utilizando algum outro tipo de estímulo ou vínculo no próprio desenrolar do jogo - como a Starbucks que patrocina um jogo onde tomar um café numa "loja virtual" da marca significa ganhar uma vida extra pro avatar. Há uma diversidade de formas de exposição e interação possíveis, inclusive trato sobre isto num curso que ministro no tema comunicação digital.

    Segundo, não tenho dúvida da força da estética dos games, que pode invadir inclusive espaços off-line, dado que há uma geração que convive tanto e há tanto tempo com esta maneira de "sentir" as coisas e sentir-se atraído por elas (afinal, na comunicação estamos numa guerra pela atenção), tanto que já vi o "jeitão" dos games em cartazes, cartão de aniversário, cenografia de festas, ou sua lógica de raciocínio em jogos empresariais, virtuais e de tabuleiro.

    Tem muito pano pra manga neste tema. Parabéns pela reflexão. E sim, volte à infância, e não só pros games - a gente tem muito a reaprender com a maneira sensível e intuitiva com que as crianças vêem o mundo.

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  4. Querido, sou mãe de 3 cyber jogadores(26,9 e 8 anos), e penso que para os menores muitas vezes é melhor exercitar as estratégias que ficar sentado a televisão reproduzindo as mensagens recebidas. Mas como ré confessa, acho game stressamente irritante, bjs

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  5. Pois é Rodrigo, na palestra o Matsuda relatou também alguns casos de presença de marcas no jogo e apresentou números referentes a faturamento de jogos em 24h, 1 semana e 3 meses. Fiquei muito surpreso com o volume de valores rotativos.

    Obrigadão pela contribuição!


    Claudinha,

    Pois é, tinha também essa imagem do jogo irritante, mas com as novas tecnologias e os novos consoles os jogos podem ir muito além dos antigos joysticks e se tornar um grande divertimento para toda a família.

    Acho que uma palestra foi suficiente para me encanter. Rsrsrs!

    Beijos

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  6. Os americano são adeptos da volta ao tempo.
    Jefhcardoso do
    http://jefhcardoso.blogspot.com

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