sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quem segura essa batata?


A mudança estrutural na forma de se fazer política pode ser assinalada pela década de 60, principalmente na Europa e EUA com o início da institucionalização dos “movimentos sociais” que possuíam a forte marca e o vigor de mudança do movimento estudantil.

Neste curso de organizações populares e institucionalização destes movimentos - os sociais e de classe - passam por uma burocratização e formalização, o gera força e organização política para época, e possibilita o nascimento dos Conselhos de Classe.

Dentro deste contexto, os Conselhos de Classe representam a forma institucionalizada e organizada de uma classe afim da defesa dos seus direitos e interesses com caráter de organização civil.

O Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (CONFERP) desde 1971 é o representante legal da classe profissional de Relações Públicas, seu papel é garantir direitos e deveres a classe tendo como base o código de ética instituído para a profissão e sua regulamentação pela Lei 5.377, de 11 de dezembro de 1967.

Atualmente a Novela Passione da Rede Globo tem deixado os profissionais de Relações Públicas insatisfeitos por tratar a profissão sem o devido cuidado e ainda distorcer a real atividade por nós desempenhada, transmitindo ainda a informação de que qualquer pessoa pode exercer tal atividade.

Após estes acontecimentos e sua continuidade a classe (des)organizada iniciou manifestações individuais, cobrando inclusive respostas ao diretor da novela (Silvio de Abreu), a emissora, a Gloria Perez (não sei por qual motivo) e ao CONFERP.

Em carta oficial o Conselho anunciou o acompanhamento do caso, o contato com a emissora e se comprometeu a solucionar esta situação.

O meu questionamento é: cabe ao Conselho somente intervir quando há manifestações populares ou ela deve estar atenta até ao que nos passa despercebido? Qual o papel educacional desenvolvido pelo Conselho para a sociedade? A classe realmente se mobiliza ou a maioria dos RP’s mantêm-se em suas zonas de conforto? Qual o papel das redes sociais neste processo? Quem faz a diferença? Profissionais? Teóricos? Estudantes? Delegacias? Conselho(s)?

Tchau Tchau

Um comentário:

  1. Acredito ser os profissionais, estudantes e teóricos, que estão fora da zona de conforto, quem irão segurar essa batata, visto que aqueles que realmente deveriam estar cumprindo o seu papel de fiscalizador e intervensor estão deixando a desejar. Continuemos a explorar, de forma estratégica, os instrumentos de comunicação que estão ao nosso alcance para continuarmos fazendo a diferença na nossa área.

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