quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Um pouco do que sou


Alguém inventou que nada pode ser perfeito.

Arrisco afirmar que isso surgiu de alguém muito imperfeito e dominado por limitações, alguém que não conseguiu ter felicidade plena e nem realizar tudo o que queria, alguém que na verdade não conseguiu ser mais do que o esperado e nem fazer a diferença sendo simplesmente o mesmo.

Alguém normal.

Alguém como eu que escrevo e você que me lê.

O dicionário Aurélio define imperfeição como “s.f. Falta de perfeição. / Estado do que não é perfeito. / Vício, defeito: as imperfeições de uma obra”.

Ok. Imperfeito definido e tão humano quanto o respirar, mas e o perfeito? O que é perfeição?

O mesmo dicionário me explica que perfeição é a “s.f. Qualidade do que é perfeito em seu gênero. / S.f.pl. Qualidades da alma e do corpo. // Teologia Perfeições divinas, atributos de Deus em grau infinito”.

Entre as noites, as palavras e o Aurélio que não me abandonam (geralmente) percebo o viver perfeito e imperfeito em contributa harmonia.

Harmonia humana.

Um sonho para poucos.

Aceitar que os caminhos são diversos, as possibilidades são extensas, o passado já é uma marca, o futuro é a construção de nossas escolhas e o homem é imperfeito me mostra a circularidade dos sentidos.

Ter visão de futuro e respeitar os alcances dos “fracos” – ou “fortes” – é privilégio de quem quer ir mais além, quem quer um pouco mais, quem sabe um pouco mais e de quem já sabe aonde quer chegar.

Vulneráveis, limitados, egocêntricos, despreparados, ingênuos e fracos ao ponto de imaginarmos que podemos ser invencíveis e auto-suficientes nos geram perdas de oportunidades, momentos e eternidades.

Como humano e despreparado, fraco e confuso, curioso e ousado, decidido e honesto me apresento entre letras e imperfeições.

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” Cora Coralina

Tchau Tchau

Um comentário:

  1. Somos todos imperfeitos e, isso é uma dádiva!
    O que se acha perfeito se basta, torna-se assim um tirano que não respeita a vez e voz do outro.

    E, termino como você terminou: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” Cora Coralina

    Ester - @loirissimaa

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