quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sobre João Manuel e minha opinião


Amigos Relações Públicas,

Sinto que meu pensamento será divergente em relação ao apresentado pela maioria de vocês, mas afirmo que respeito às diversas opiniões. Discutir idéias também é nossa função.

Inicialmente concordo com Turla Cardoso sobre a necessidade de todos terem atenção nas discussões e respostas, erros de ortografia são constantes nos textos, em um momento de “valorização” da profissão eles se tornam ainda mais inaceitáveis.

Outro ponto que sugiro a atenção é quanto às outras profissões citadas. É necessário ter cuidado na busca valorativa das Relações Públicas sobre a desvalorização das outras áreas, se “estamos” indignados com o pronunciamento do professor João Manuel pensemos que os cursos de Hotelaria e Turismo também estão. Afinal, cada um “vende seu peixe”.

Amigos e colegas foram tristes as afirmações, mas a visão do professor não é distinta da visão social. Ao invés de nos mantermos sempre repressores de iniciativas negativas e constantemente indignados com pronunciamentos e passagens como essa deveríamos apresentar a sociedade a atuação e o trabalho executado pelos RPs e por todos nós.

Sinto que durante muitos momentos como esses alunos e profissionais apresentam seus trabalhos ao coibir a apresentação da “realidade” (a que se configurou) declarada por outros profissionais.

Definir a profissão de Relações Públicas como função de segunda categoria por ser menos valorizada no mercado de trabalho não é nenhum absurdo, assim como não existe erro em afirmar que administração é atuação primária. Relações Públicas é função estratégica e fundamental para qualquer empresa/organização/pessoa, mas a sociedade ainda não sabe disso. Paremos para analisar e perceberemos que somos uma ponta do iceberg em relação a atuação dos diversos profissionais formados. “Arregaçar” as mangas e de fato promover ações de Relações Públicas para os Relações Públicas é trabalho que já deveria ter sido iniciado há muitos anos.

Espero que entendam minha opinião.

Abraços a todos.

"A honra é, objetivamente, a opinião dos outros acerca do nosso valor, e, subjetivamente, o nosso medo dessa opinião" Arthur Schopenhauer

Tchau Tchau

4 comentários:

  1. Rodrigo,

    Parabéns pelo texto. Sua reflexão é valiosa pelo fato que apresenta uma opinião fundamentada na realidade que encontramos em vários cantos do Brasil.
    Quando resolvi escrever o texto para o pessoal de OCappuccino, o fiz porque minha tristeza maior era causada por tais palavras serem "ditas" por um professor e estar divulgada no site de uma instituição de ensino. E, em relação às carreiras mencionadas como de segunda categoria (como você bem mencionou), fui "atingido" duplamente pois sou Relações Públicas e Turismólogo.
    Minha ideia era gerar reflexão sobre o discurso de um professor/educador em relação ao pré-conceito de áreas profissionais. Sei que isso é muito comum, pois já tive discussões com colegas que tinham o mesmo pensamento.
    Depois de ler vários textos sobre a entrevista, ficou a pergunta: será que se a IES oferecesse os cursos citados, eles seriam chamados de segunda categoria?
    Abraços,
    @alexandre_amc

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  2. Depois da indignação, hoje pela manhã pude refletir melhor sobre o caso.
    A ignorância revelada pelo professor João Manuel não é, infelizmente, um caso isolado. Vários setores da sociedade ignoram o papel do profissional RP.
    É lamentável, no entanto, que essa ignorância tenha sido tão aparente e, vindo de uma pessoa que a priori, deveria saber melhor sobre os profissionais de segunda categoria citados por ele.
    Gostaria de chamar sua atenção que a fala do professor João Manuel, vai de encontro com o texto que você escreveu e publicou ontem aqui nesse mesmo espaço. - "As Essências Universais"
    Ao que parece, o sr. João Manuel está equivocado não só em relação aos cursos por ele citados como sendo de segunda categoria, mas também sobre qual o verdadeiro papel dele enquanto educador e representante de um universo acadêmico.

    Sobre a pergunta do Alexandre, ouso responder com um alto e sonoro NÃO! Se a IES oferecesse os cursos citados, estes jamais seriam chamados de segunda categoria.

    Mais uma vez finalizo como você: "“Arregaçar” as mangas e de fato promover ações de Relações Públicas para os Relações Públicas é trabalho que já deveria ter sido iniciado há muitos anos."

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  3. Rodrigo,

    entendo sua posição de que os profissionais de Relações Públicas devem mostrar seu valor executando bem o seu trabalho. Porém, o discurso do Sr. João Manuel de tipificar a profissão como "segunda categoria" estava subordinado a uma lógica do mercado. Ele apenas categorizou a profissão dessa forma, pois não está presente na grade de cursos da Universidade. É lamentável um educador pensar e agir dessa forma.

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  4. De fato Alexandre, Ester e Juliana a citação do professor João Manuel foi bem infeliz.
    Em sua posição de educador e com seu histórico empreendedor o cuidado em não desvalorizar áreas de trabalho e a atuação de profissionais competentes e dedicados foi infeliz.

    Creio que a visão dos RPS em sociedade, muitas vezes reforçada pelos próprios,é a de uma profissão com poucas oportunidades, tendo como consequência ser de segunda para o mercado.

    Somos nós quem podemos transportar experiências do mundo online para o offline e são esses os desafios que nos devem impulsionar e saber aproveitar a situação.

    Uma simples retratação jamais mudará a forma como a sociedade nos vê. É preciso sentir a dor, aproveitar as oportunidades e de fato promover mudanças.

    é o que eu penso.

    Abraços!

    Rodrigo Almeida
    @almeida021

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