quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Beleza de prateleira deve ser venerada?


Não nasci para fazer culto ao corpo.

Canso de tanta cobrança, padrões estéticos irreais (?), músculos definidos e um tanquinho perfeito para andar sem camisa. Confesso: minha pouca, ou quase nenhuma paciência para academia e levantamento de pesos se esgota quando vejo o “público” mergulhado no narcisismo.

Pergunto-me se o padrão estético e imposto socialmente surge nas passarelas, na mídia ou espontaneamente na sociedade? De acordo com uma pesquisa britânica publicada no British Journal of Health Psychology os(as) adolescentes são influenciados pela mídia mas sofrem pressão direta dos colegas, o que afeta suas relações, sua aceitação corporal e seus hábitos alimentares. Para Emma Halliwell – pesquisadora do Centre for Appearance Research da University of the West of England - "para meninas, o importante é ser magra, para meninos o importante é ser musculoso".

O Aurélio define estética como a “ciência que trata do belo em geral e do sentimento que ele faz nascer em nós” poderíamos pensar então na preocupação estética das artes, dos textos, dos pensamentos, das formas, da natureza, mas não... o pensamento cultuado e valorizado a todo instante é a “estética” do corpo gostoso(a).

Experimentemos ser menos Eros e mais Ágape, Lúdico, Pragma... Desejemos – e então conseguiremos - extrapolar a carcaça visual e experimentar o segredo de amar e valorizar as pessoas como são, tentemos ser melhores para nós e melhores para o mundo, afinal existem diversas definições e tipos de amores que, sob minha análise, fazem o culto e o amor ao corpo se tornarem apenas uma faísca de charme no meio de todas as relações.

“Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade” Honoré de Balzac

Tchau Tchau

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