No
Google existem aproximadamente 173.000.000 de links de pesquisa para a palavra “educação”.
Entre fontes oficiais, sites corporativos, ONGs, artigos e citações, a educação
é um tema extenso para debate, análises e controvérsias. Baseado no meu “achismo”
e na opinião alheia, apresento algumas considerações quanto ao formato
educacional em nosso país e motivos para que a educação seja assunto destacado
em nossa sociedade.
Para
o filósofo Mario Sergio Cortella a sociedade, principalmente nos últimos 20
anos, tem transferido para a escola papéis que não lhe cabem essencialmente. A
família tem depositado no professor a responsabilidade de transferir para o
aluno valores morais e educação básica comportamental, quando na verdade cabe a
escola, por exemplo, “oferecer educação para o trânsito, ecológica, sexual e
até alimentar... Cabe à instituição promover a autonomia, a solidariedade e a
formação crítica.”, ficando à família garantir aos educandos o estímulo a
curiosidade, ao tratamento, ao comportamento em sociedade, o cuidado essencial
e o direcionamento a formação cidadã.
De
acordo com Hannah Arendt “normalmente é na escola que a criança faz a sua
primeira entrada no mundo. Ora, a escola não é, de modo algum, o mundo, nem
deve pretender sê-lo. A escola é antes a instituição que se interpõe entre o
domínio privado do lar e o mundo, de forma a tornar possível a transição da
família para o mundo. Não é a família, mas o Estado, quer dizer, o mundo
público, que impõem a escolaridade. Desse modo, relativamente à criança, a
escola representa de certa forma o mundo, ainda que o não seja verdadeiramente”.
Para
a família, segundo Cynthia Paes de Carvalho, vice-coordenadora da pós-graduação
em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), cabe
o papel de valorização da escola, papel que requer engajamento no processo
educacional das crianças, cobrar compromisso com os estudos e estar atento ao
desenvolvimento dos filhos.
Creio
que os papéis além de suplementares estão, e estarão sempre, complementares,
pois responsabilizar o Estado pela formação desqualificada de nossos cidadãos
em nível técnico é algo que ratifico, porém formação moral e transmissão de
valores essenciais ao bom viver é papel de cada uma das famílias brasileiras. Formar
cidadãos pensadores e capazes de racionalizar suas ações é um misto
complementar, que pode dar certo, de família e Estado.
“O
que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas são
meios para obtê-la.” Ralph Emerson
Tchau
Tchau