E a gente vai tentando né?
Afinal a opção desistir só passa, nunca fica.
Trocam-se os olhares, as
meias, as escovas e os travesseiros. Trocam-se os gostos, horários, humores e
rumores. Trocam-se os beijos e os suores, mas jamais se trocam os sonhos.
Cada nova tentativa vem
acompanhada de anseios e esperanças, e por isso mesmo, em algum momento
pensamos “É agora!”, “Agora vai!”, “Que seja eterno!”, e é! Talvez por menos
tempo do que imaginávamos, talvez até fugaz, mas foi eterno e, se a memória não
for vazia, assim o será para sempre.
Dois meses, dois anos, dez
anos, a medida da intensidade está na dosagem da entrega e na sintonia
experimentada. Viver é mesmo uma caixinha de surpresas, sei lá. Juntem-se as
histórias e tá aí um novo desafio, o incitamento ao desnude e uma provocação ao
destino.
Quando você se desnuda tudo
muda! Você vai sendo menos pose e mais carne, de nada mais servem as mentiras,
afinal você já disse quem é mesmo. Eu quero um dia viver nu. Quero rir e chorar
sem o medo do olhar. Quero ousar, experimentar, recusar e distribuir. Quero
casar, descasar e recasar incessantemente numa mesma realidade. Quero
atmosferas permissivas e desentendimentos sem desistências. Eu quero ser o amor
e quero que seja por anos e para sempre, até que os dois se separem e não
somente um.
“Vós, que sofreis, porque
amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele.”
Victor Hugo
Tchau Tchau
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