sexta-feira, 26 de julho de 2013

E para um dia ser nu


E a gente vai tentando né? Afinal a opção desistir só passa, nunca fica.

Trocam-se os olhares, as meias, as escovas e os travesseiros. Trocam-se os gostos, horários, humores e rumores. Trocam-se os beijos e os suores, mas jamais se trocam os sonhos.

Cada nova tentativa vem acompanhada de anseios e esperanças, e por isso mesmo, em algum momento pensamos “É agora!”, “Agora vai!”, “Que seja eterno!”, e é! Talvez por menos tempo do que imaginávamos, talvez até fugaz, mas foi eterno e, se a memória não for vazia, assim o será para sempre.

Dois meses, dois anos, dez anos, a medida da intensidade está na dosagem da entrega e na sintonia experimentada. Viver é mesmo uma caixinha de surpresas, sei lá. Juntem-se as histórias e tá aí um novo desafio, o incitamento ao desnude e uma provocação ao destino.

Quando você se desnuda tudo muda! Você vai sendo menos pose e mais carne, de nada mais servem as mentiras, afinal você já disse quem é mesmo. Eu quero um dia viver nu. Quero rir e chorar sem o medo do olhar. Quero ousar, experimentar, recusar e distribuir. Quero casar, descasar e recasar incessantemente numa mesma realidade. Quero atmosferas permissivas e desentendimentos sem desistências. Eu quero ser o amor e quero que seja por anos e para sempre, até que os dois se separem e não somente um.

“Vós, que sofreis, porque amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele.”
Victor Hugo

Tchau Tchau

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