sábado, 20 de novembro de 2010

Estágio: tão essencial quanto a academia


Nunca entendi o real motivo (alheio) de ver no estagiário uma força de trabalho barata, pouco produtiva e sem competência técnica. Fui estagiário durante toda a fase do meu curso de graduação e jamais me senti menos competente a executar atividades especificas do que meus superiores e demais contratados.

Claro que para a realização de inúmeras atividades o estagiário necessita de orientação inicial, um direcionamento a atividade, uma supervisão, assim como qualquer outro integrante da equipe precisa de um gestor, mas culpá-lo pelos erros grosseiros e definir que “cagadas” na empresa são ações de estagiário é no mínimo um preconceito ridículo de quem também está na ponta da corda.

Tive o prazer de enquanto estagiário conhecer muita gente bacana, pude aprender muito com muita gente competente e ainda tive toda a liberdade para propor, responder, criar, assumir e questionar as ações do meu setor e os direcionamentos da empresa.

Para tanto, as situações não foram as mais simples e a minha postura não foi a de quem espera acontecer.

Sugiro a todos que são, serão ou estão estagiários um pouco mais de ousadia e desenvoltura, comunicação e interatividade, essas habilidades quando identificadas pelo gestor facilitam as suas chances de contratação e aumentam as possibilidades de você ter a admiração de sua equipe.

Fui estagiário e sei o quanto esta fase é essencial ao novo profissional, se sei produzir algo hoje é porque tive essa possibilidade e jamais pensarei em outro que não se dedique, no mínimo, como eu me dediquei.


“Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: aprender” Provérbio popular

Tchau Tchau

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Você mensura seus resultados?


Minhas atividades empresariais estão presentes entre um relatório e outro. São descrições de ações e detalhamento suficientemente pensado para que o leitor não tenha dúvida de nenhuma etapa de todo o processo. Isso é ordem? Não, isso é apresentação de resultados.

A produção de um relatório possui complexidade proporcional as ações executadas em sua descrição. Atividades complexas e com alto grau de detalhamento exigem relatórios mais extensos e muito mais detalhados, ações simples e de fácil entendimento permitem a elaboração de relatórios menos descritivos.

O Aurélio define relatório como o “ato de relatar. Exposição de fatos observados por determinação de autoridade etc. Parecer.”, que em ”miúdos” trata-se da ação descritiva dos fatos tendo como finalidade a produção de um parecer analítico.

São três as definições básicas do relatório:
• Crítico - descreve e opina como uma atividade foi desenvolvida, gerando um parecer final.
• Síntese – refere-se a relatórios anteriores.
• Formação – descrição de atividades durante um curso/estágio.

Mas para que serve a produção de relatórios pelos profissionais de Relações Públicas? Simples, enquanto as ações de comunicação não estiverem expressas em números, gráficos e descrições, ao menor sinal de corte orçamentário nosso trabalho vai “pro cano”. Pensemos: por que eu devo investir uma porcentagem do meu faturamento em uma atividade que não justifica seus atos?

Sugiro aos RPs que estudem a mensuração dos resultados de suas ações e estejam sempre dispostos a identificar, analisar e avaliar todo o processo de trabalho. Ganha o profissional com expertise e aprimoramento e ganha a empresa com o profissional capacitado e com seus fluxos sempre em ordem.

"Medir-vos pelas vossas pequenezas é avaliar o poder do oceano pela inconsistência de sua espuma." Gibran

Tchau Tchau

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Beleza de prateleira deve ser venerada?


Não nasci para fazer culto ao corpo.

Canso de tanta cobrança, padrões estéticos irreais (?), músculos definidos e um tanquinho perfeito para andar sem camisa. Confesso: minha pouca, ou quase nenhuma paciência para academia e levantamento de pesos se esgota quando vejo o “público” mergulhado no narcisismo.

Pergunto-me se o padrão estético e imposto socialmente surge nas passarelas, na mídia ou espontaneamente na sociedade? De acordo com uma pesquisa britânica publicada no British Journal of Health Psychology os(as) adolescentes são influenciados pela mídia mas sofrem pressão direta dos colegas, o que afeta suas relações, sua aceitação corporal e seus hábitos alimentares. Para Emma Halliwell – pesquisadora do Centre for Appearance Research da University of the West of England - "para meninas, o importante é ser magra, para meninos o importante é ser musculoso".

O Aurélio define estética como a “ciência que trata do belo em geral e do sentimento que ele faz nascer em nós” poderíamos pensar então na preocupação estética das artes, dos textos, dos pensamentos, das formas, da natureza, mas não... o pensamento cultuado e valorizado a todo instante é a “estética” do corpo gostoso(a).

Experimentemos ser menos Eros e mais Ágape, Lúdico, Pragma... Desejemos – e então conseguiremos - extrapolar a carcaça visual e experimentar o segredo de amar e valorizar as pessoas como são, tentemos ser melhores para nós e melhores para o mundo, afinal existem diversas definições e tipos de amores que, sob minha análise, fazem o culto e o amor ao corpo se tornarem apenas uma faísca de charme no meio de todas as relações.

“Quando todo o mundo é corcunda, o belo porte torna-se a monstruosidade” Honoré de Balzac

Tchau Tchau