Muitos textos nascem na dúvida
de quanto vale uma hora, um minuto ou um segundo. Poetas e motivadores tentam
mostrar aos “perdedores de tempo” o quanto ganhariam se andassem com o “copo
meio-cheio”, mas é óbvio que, para eles, mais vale olhar os dentes do que
aceitar o cavalo dado.
Todos nós já nos questionamos
quanto ao “se eu tivesse saído um minuto mais cedo”, “se eu não tivesse voltado
para pegar...”, “se eu tivesse interrompido...”, quando o objetivo maior não
foi alcançado ou foi atrasado, porém, quem nunca jogou pra cima o tempo e disse
“arco com as consequências”?
Sou viciado em experiências!
Dos sabores aos aromas, passo pela música, ambientes, toques e surpresas. A
propósito: triste dos que não gostam de surpresa! A vida jamais será interessante
se controlada por relógios e rotinas.
Mas de volta as
experimentações, eu quero fugir da rotina. Casa é lugar de segurança, jamais de
ver a vida passar, história se constrói através de cicatrizes. Optei por não me
sentar no trono de um apartamento “com a boca escancarada cheia de dentes esperando
a morte chegar”, vou a farra, a forra, a luta e as marcas.
Imagino que para tantos este
meu texto não significará nada, mas aos meus pares de vida conseguirei extrair
ao menos mais um sorriso de alegria em viver dia após dia!
“Quero para mim o espírito
desta frase, transformada a forma para casar com o que eu sou: Viver não é
necessário; o que é necessário é criar.”
Fernando Pessoa
Tchau Tchau