sexta-feira, 17 de maio de 2013

Construíres-te



Muitos textos nascem na dúvida de quanto vale uma hora, um minuto ou um segundo. Poetas e motivadores tentam mostrar aos “perdedores de tempo” o quanto ganhariam se andassem com o “copo meio-cheio”, mas é óbvio que, para eles, mais vale olhar os dentes do que aceitar o cavalo dado.

Todos nós já nos questionamos quanto ao “se eu tivesse saído um minuto mais cedo”, “se eu não tivesse voltado para pegar...”, “se eu tivesse interrompido...”, quando o objetivo maior não foi alcançado ou foi atrasado, porém, quem nunca jogou pra cima o tempo e disse “arco com as consequências”?

Sou viciado em experiências! Dos sabores aos aromas, passo pela música, ambientes, toques e surpresas. A propósito: triste dos que não gostam de surpresa! A vida jamais será interessante se controlada por relógios e rotinas.

Mas de volta as experimentações, eu quero fugir da rotina. Casa é lugar de segurança, jamais de ver a vida passar, história se constrói através de cicatrizes. Optei por não me sentar no trono de um apartamento “com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar”, vou a farra, a forra, a luta e as marcas.

Imagino que para tantos este meu texto não significará nada, mas aos meus pares de vida conseguirei extrair ao menos mais um sorriso de alegria em viver dia após dia!

“Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.”
Fernando Pessoa

Tchau Tchau

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Seleto | Repleto | Completo


Sempre preferi os seres mortais, os que respiram, choram, sentem dor, amor, sabor, culpa, frio, insegurança, paixões e medo. Me sinto atraído pelos diferentes, pelos exóticos e coloridos, os que fogem da normalidade e riem, riem com vontade, sem medo, sem pudores, sem caras vazias, riem porque se sentem livres e mortais, riem por saber que a lágrima virá na mesma intensidade.

Gosto de quem fala comigo, de quem me desafia e olha nos meus olhos, sem desprezo, sem julgamentos. Gosto de quem me desvenda e desnuda, de quem tem graça, afinal de desgraça já basta a hora de ir embora e de graça eu me divirto até com injeção na testa.

Adoro humor ácido e desconstruir o correto, não sou muito adepto do “politicamente correto” e tampouco da falta de ironia. Tenho amigos que são experts no exagero, sem farsas e sem verdades absolutas, são desconstrutores, mas nem por isso deselegantes, são rápidos e perspicazes, do jeitinho que os hipócritas não gostam.

Quero graça e tênis no pé! Paletó na mão e tatuagem no braço, quero o junto e o misturado, sem cara, com cores e repleto, completo de sabores.

"Um punhado de bem, um punhado de mal. É só misturar com água."
Markus Zusak

Tchau Tchau

terça-feira, 14 de maio de 2013

revestrés


Escrever é uma arte que depende do espírito.
Quando o santo não quer, não adianta forçar a mente. Vai sair um boicote.

De tempos em tempos me dou um tempo para não pensar, um tempo em que penso e não escrevo, formulo todas as hipóteses e as estrangulo dentro de mim. De tempos em tempos eu fico meio mudo, meio cego, meio surdo... Prefiro pensar que estes meus tempos são assim.

Nestes momentos não leio nada que ultrapasse a notícia. Abandono os livros e artigos, pauso as crônicas e poesias (que tanto adoro!) e mesmo que cruze com Quintana na prateleira da minha casa ou na tatuagem em meu ombro resisto as suas verdades rimadas.

Mas então, como assim por acaso, eu volto à fantasia. Pego meu blogs e sites prediletos e os devoro como quem bebe água da fonte. Volto a rir e me emocionar com tanta gente fantástica, produzindo textos fantásticos e arrebatando leitores emocionais. Reencontro meu livros e meus autores, volto a pensar no tanto de poesias que queria tatuar em meu corpo e retorno o sofrimento da falta de espaço (afinal já somam 6).

Sou feliz quando uma imagem volta a se tornar um texto em minha mente e, assim como neste texto, paro um minuto e reabro todas as portas.

Assim, eu dou continuidade...

Tchau Tchau