segunda-feira, 17 de junho de 2013

Dos filhos deste solo


O atual movimento social que ultrapassa a internet e deixa suas marcas nas ruas e na memória deste país é a prova de que, no fundo dos nossos medos e controles, estamos sedentos por mudança.

Seja partidário ou não, com violência ou não, momentâneo ou cheio de aspas, o melhor de tudo é ver meu povo na rua, reivindicando, fazendo história e desafiando a tudo o que nos prende e nos é imposto.

Somos jovens, educados, aborrecidos.

Somos este movimento que não aceita Felicianos, Malafaias, mensalões, violências, roubos e a palhaçada ao qual somos submetidos. Somos o povo que discute, que colabora, que transmite. Somos cidadãos interessados em informação, que desbloqueia Wi-Fi, fotografa a situação, trabalha em rede e além dos jornais. Somos mais do que o controle, não somos muito, mas estamos com fome e nossa fome só está aumentando.

Queremos um pouco mais de pão, saúde e educação. Queremos um pouco mais para o outro, para aquele que nos olha sem saber o que pedir. Queremos estudar mais, ler mais, discutir mais, criar mais e viver mais. Queremos entender o que significa “Ordem e Progresso” e o motivo de ninguém saber realmente explicar. Queremos aquilo que nos movimenta e aquilo que nos controla. Queremos ter algum controle.

Não nos conhecemos e sequer sabemos o resultado de tudo isso, mas nos identificamos com a luta e com o sentimento de que alguma coisa nesta terra está fora da ordem. Não vamos todos para a rua, mas vamos estar juntos, de qualquer ponto, em qualquer situação. Hoje eu vejo meu povo rindo ao voltar de cada passeata, vejo meus pares com sorrisos orgulhosos ao ler sobre cada manifestação e sinto que o futuro desta minha gente ainda está por vir.

“verás que um filho teu não foge a luta...”
Hino Nacional Brasileiro

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